A crise econômica e a procura por oportunidades fez com que 1,3 milhão de pessoas virassem MEIs (Microempreendedor Individuais) em 2018. Dados do Sebrae apontam ainda que 330.986 microempresas foram abertas no país neste ano.
Outro dado interessante do levantamento mostra que a maioria das novas empresas abertas no primeiro semestre são dos setores de:
– Alimentação – 8,1%;
– Higiene e Embelezamento pessoal – 7,6%;
– Reparos e Manutenções de Prédios e Instalações Elétricas – 7%;
– Comércio e Confecções em geral – 6,4%.
Os dados do Sebrae podem ser chancelados pelo estudo feito pela plataforma MEI Fácil. Ele mostra que, neste ano, 23% dos empreendedores consultados decidiram abrir um CNPJ. A maioria por conta de não conseguirem se alocar no mercado de trabalho novamente.
No total, mais de um milhão de novos CNPJ do tipo MEI foram abertos no primeiro semestre de 2018. Esse número representa 15% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Vale ressaltar que atualmente, são quase 7 milhões de MEIs no país. Cerca de 1,5 milhão apenas no Estado de São Paulo.
São profissionais em mais de 500 atividades que podem ter renda anual de até R$ 81 mil e contratar um funcionário.
Análise dos MEIs abertos este ano
Boa parte dos microempreendedores individuais que conseguiram um CNPJ no primeiro semestre de 2018 é formada por prestadores de serviços e pessoas que trabalham no comércio, com 46% e 23%, respectivamente.
Nos últimos quatro anos, 2017 teve o maior número de MEIs abertos, totalizando um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. A categoria de serviços, por exemplo, cresceu 28% de 2015 para 2016, e 10% de 2016 para 2017. Nestes mesmos períodos, o ramo de comércio cresceu 1% e 5%, respectivamente.
Do total de MEIs no primeiro semestre de 2018, a maioria foi aberto por homens. Contudo, a diferença é mínima: 53% é do público masculino e 46% é feminino.
Portanto, uma diferença de sete pontos percentuais. Entretanto, isso reforça o sinal de crescimento e abrangência das mulheres no empreendedorismo.
MPEs registram recorde de inadimplência
Apesar dos recordes, o Brasil voltou a registrar, em setembro de 2018, um novo recorde histórico da inadimplência entre micro e pequenas empresas. As MPEs com dívidas atrasadas chegaram a 5,327 milhões no nono mês deste ano.
Esse é o maior volume já apurado pelo levantamento da Serasa Experian, conduzido desde março de 2016. O avanço é de 10,2% frente ao indicador de setembro de 2017 (4,834 milhões). Em relação a agosto de 2018 (5,276 milhões), houve alta de 1,0%.
Na distribuição das MPEs em situação de inadimplência por regiões brasileiras, os referenciais de participação se repetiram no resultado consolidado de setembro deste ano. O Sudeste apresenta grande concentração (54,4%).
Nas posições seguintes, aparecem Nordeste (15,9%), Sul (15,7%), Centro-Oeste (8,8%) e Norte (5,2%). A variação mensal, em relação a agosto de 2018, indicou alta em todas as regiões, com avanço mais acentuado no Centro-Oeste (aumento de 1,7%).
No topo do ranking por estados brasileiros, São Paulo se mantém isolado com um terço (32,9%) e 1,755 milhão do total de micro e pequenas empresas com contas em aberto no país em setembro de 2018. Minas Gerais (11,1%) e Rio de Janeiro (8,4%) permaneceram, respectivamente, na segunda e terceira posições.
Mais de 1,5 milhão de pequenos negócios devem surgir em 2019
Os pequenos negócios têm sido fundamentais para a manutenção do nível de emprego e para a estabilização da economia brasileira.
Mesmo com dificuldades, as micros e pequenas empresas (MPEs) são as grandes responsáveis pela geração de vagas de trabalho formais e devem fechar 2018 com um saldo de 600 mil trabalhadores contratados.
Dentro deste contexto, segundo análises feitas pelo Sebrae com dados da Receita Federal, cerca de 1,5 milhão de pequenos negócios devem ser abertos no país no próximo ano.
Em Minas Gerais, é esperado um aumento de 7,4% de novos negócios e 50 mil vagas de trabalho em pequenas empresas mineiras em 2019.
Os dados apontam que, em 2017, de 1,4 milhão de brasileiros que conquistaram o primeiro emprego, mais da metade, 55%, usaram as micros e pequenas empresas como porta de entrada. As mulheres lideraram o preenchimento de vagas.
Principalmente no comércio e na área de serviços. Essas áreas respondem a 75% dos postos de trabalho criados para quem está entrando no mercado de trabalho.
O público com idade entre 18 e 24 anos já soma 20,3% das pessoas envolvidas na abertura de uma empresa. As mulheres estão em situação de igualdade em relação aos homens quando se trata de abrir empresas, apenas um pouco atrás nos números.
São 23,9 milhões de mulheres empreendedoras, contra 25,4 milhões de homens empreendendo em micro e pequenas empresas.
Como abrir o próprio negócio
A formalização dos MEIs é gratuita. Ela deve ser feita pelo Portal do Empreendedor. Após a regularização, deve-se recolher mensalmente as contribuições ao INSS, por meio de carnê emitido no Portal do Empreendedor.
Essas despesas são legalmente estabelecidas e garantem àquele que exerce a atividade o direito à aposentadoria. Além de auxílio-doença, licença maternidade, entre outros benefícios.
Tudo é feito pela internet. O CNPJ, a inscrição na Junta Comercial, no INSS e o Alvará Provisório de Funcionamento são obtidos imediatamente. Eles geram um documento único, que é o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual.
Não há a necessidade de assinaturas ou envio de documentos e cópias.
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