O cartão de crédito é um grande aliado nas finanças por facilitar a compra com pagamento a prazo. Mas, ao mesmo tempo, pode se tornar o vilão do planejamento mensal.
Por ser um tipo de empréstimo, utilizá-lo sem organização financeira gera contas acumuladas e orçamento desequilibrado.
Neste artigo você aprenderá mais sobre a linha de crédito favorita dos brasileiros.
Confira neste artigo:
Como funciona a compra com cartão de crédito
Juros, taxas e multas do cartão de crédito
O que é o cartão de crédito consignado
Como acumular pontos no cartão de crédito
O que é rotativo do cartão de crédito
Crédito ou débito: como avaliar
Aprenda a usar o cartão de crédito
Planilha de gastos no cartão: como fazer
Como funciona a compra com cartão de crédito
O cartão de crédito permite que você faça um empréstimo ao banco e pague em até 40 dias.
É um dinheiro emprestado que pode ser utilizado para qualquer coisa, desde a compra de um açaí até uma viagem de avião para as Filipinas.
Você pode fazer tudo com o cartão de crédito e, caso fique em dia no período de 40 dias – de acordo com o vencimento da fatura – não pagará taxa de juros ao banco em cima do valor emprestado.
Resumindo: se você comprar com o cartão e pagar de volta, não pagará nada por isso.
O cartão de crédito é emitido por um banco ou instituição financeira que determinam o valor da taxa de juros, tarifas e programas de fidelidade.
Cada cartão possui suas recompensas de uso e benefícios exclusivos.
Além disso, os cartões possuem uma bandeira que pode ser Visa, Mastercard ou outras.
A bandeira não faz muita diferença no dia a dia de uma pessoa que utiliza cartão de crédito, mas há as que dão bônus ou oferecem programas de fidelidade.
O que é o limite do cartão
O limite do cartão de crédito é o máximo de compras que você pode fazer com ele.
Todos os cartões são emitidos com determinado limite dado por mês para compras. Este limite permite compras parcelas ou à vista.
Não é preciso ter conta em algum banco para conseguir um cartão, mas normalmente é solicitada a comprovação de renda porque é a partir deste valor que o limite será calculado.
O limite, portanto, é somado de acordo com a renda fixa de cada cliente.
Por exemplo: uma pessoa que tem R$500 de limite, pode fazer compras até atingir o valor.
Se ela comprar algum produto de R$400 e parcelar a dívida em duas ou mais vezes, o valor total será abatido e a cada pagamento aumentará o limite de uso.
Ou seja, se a compra for de R$400 e a parcela for em duas vezes, no primeiro pagamento o limite aumentará R$200 dos R$400 que foram abatidos inicialmente.
No segundo mês, o limite voltará a ter os R$400 de volta.
Juros, taxas e multas do cartão de crédito
As taxas de juros cobradas pelo uso do cartão de crédito são cobradas de formas distintas:
1) taxa do comerciante para que habilite o serviço em sua empresa;
2) juros por pagamento atrasado ou mínimo;
3) tarifas gerais de uso como anuidades, taxa de saque e multa por atraso de pagamento.
Os usuários do cartão de crédito devem se atentar para as taxas e tarifas abusivas.
Quando as mesmas estiverem mais altas que o normal, é interessante entrar em contato com o banco ou instituição financeira para diminuição do valor cobrado.
A anuidade do cartão é a tarifa mais comum. Ela é cobrada uma vez ao ano e pode ser dividida ou parcelada em até 12 vezes.
Certos cartões são isentos da anuidade ou têm desconto para quem faz uso do cartão mensalmente.
Negociar o valor da anuidade é sempre uma boa opção para conseguir diminuir a fatura do cartão.
Outra taxa cobrada é a que vem com o aumento do limite do cartão, de forma emergencial. A instituição financeira pode cobrar uma tarifa para que o limite seja aprovado sem análise prévia.
Por isso, é importante ficar de olho em todos os encargos que chegam na fatura.
As cinco tarifas do cartão de credito básico são listadas na Resolução Nº 3.919, do Banco Central.
Veja cada uma delas:
#1. Anuidade: cobrança feita uma vez a cada 12 meses, com possibilidade de parcelamento.
#2. Avaliação emergencial de crédito: para quando o consumidor utiliza além do limite do cartão.
#3. Pagamento de contas: realização de procedimentos operacionais para o pagamento de contas (água, luz, telefone, gás, tributos, boletos de cobrança, etc.), utilizando a função crédito do cartão.
#4. Saque: realizado em guichê de caixa além do número permitido gratuitamente por mês.
#5. Segunda via: a instituição não pode cobrar tarifa em casos de substituição por conta do vencimento ou problemas técnicos. Nos demais casos, a taxa pode ser gratuita (inclusa na anuidade) ou até R$29,90, de acordo com a administradora.
O que é o cartão de crédito consignado
A diferença entre o cartão de crédito “normal” e o consignado é que o segundo, como o nome diz, está ligado ao salário do cliente.
O pagamento sai diretamente da folha de pagamento para o banco de origem. Nessa modalidade não existe a opção de pagar na data do vencimento ou o mínimo da fatura.
As demais características são as mesmas: existe limite de crédito, taxa e outros itens que o cartão comum exige.
O positivo é que o cartão de crédito consignado é aprovado mesmo que o cliente tenha nome sujo, já que o pagamento da dívida é retirado diretamente da conta.
Mas para ser um cliente do cartão de crédito consignado é preciso estar dentro dos requisitos:
– estar sob regime da CLT;
– ser aposentado ou pensionista do INSS;
– ser funcionário público (municipal, estadual ou federal);
– ser militar.
Como acumular pontos no cartão de crédito
Os pontos no cartão é uma realidade. Segundo o Banco Central, o armazenamento de pontos em programas de fidelidade aumentou em 13% em 2017 em relação ao ano anterior.
Para conseguir acumular os pontos é necessário se cadastrar no programa de fidelidade do cartão. Essa inscrição pode ser feita pela internet, aplicativo ou telefone.
Quando aprovado, todas as compras e pagamento de contas são convertidas em pontos de acordo com os critérios estabelecidos pelo banco ou instituição financeira.
Há também as lojas parceiras, que dão mais pontos para clientes.
O ideal é que o cliente fique de olho na pontuação para resgatar antes do vencimento dos mesmos. Normalmente, a validade é de um ano para troca, mas pode variar de acordo com o banco.
Também é comum ter um mínimo de pontos seja necessário para o resgate.
O que é rotativo do cartão de crédito
O crédito rotativo do cartão aparece quando o valor total da fatura não é quitado. Ou seja, quando o cliente paga apenas o mínimo imposto pelo banco.
É como se fosse um saldo devedor extra que é cobrado na fatura seguinte do cartão de crédito.
Automaticamente quando a fatura não é paga o crédito rotativo entra em ação. Tudo que não foi pago virá na próxima fatura acrescidos da taxa de juros.
Os juros do crédito rotativo são calculados com base no valor que ficou pendente.
Ou seja: se a fatura é de R$200 e apenas R$100 foram pagos, os juros serão em cima dos R$100 que não foram quitados.
Por conta da alta taxa de juros – prevista na fatura – é comum que os clientes acabem se enrolando com essa opção de pagamento quando estão no vermelho.
Especialistas orientam aqueles que estão com dificuldades no pagamento a procurarem outras alternativas como o empréstimo pessoal, que possui taxas mais vantajosas.
A última mudança no crédito rotativo foi em 2017, quando ficou estabelecido que a dívida pode ser “empurrada” apenas uma vez.
Antes disso, os clientes podiam pagar o mínimo do cartão durante meses fazendo com que a inadimplência aumentasse.
Com o objetivo de diminuir o número de devedores, é possível utilizar o rotativo apenas uma vez e logo após é preciso quitar o valor integral da dívida.
O lado bom é que é mais fácil evitar ser levado por uma bola de neve de dívidas impagáveis.
Crédito ou débito: como avaliar
Escolher entre o cartão de crédito e de débito é uma decisão importante a ser feita durante as compras. Isso porque ambas opções devem estar alinhadas com o planejamento financeiro.
O cartão de débito está ligado à conta corrente. Quando você utiliza esta função, o dinheiro sai da conta na hora.
Já o cartão de crédito é um empréstimo no qual você já tem data pré-definida para pagamento.
Cada opção possui suas vantagens e desvantagem. O benefício do débito, por exemplo, é poder andar sem dinheiro e utilizar o cartão em basicamente todos os empreendimentos das grandes cidades.
Saber quando utilizar cada um pode fazer a diferença no orçamento mensal.
Para cada situação e cada cliente, existe uma forma mais adequada de pagamento. Veja abaixo:
– Compras grandes
O cartão de crédito é indicado para compras grandes que podem ser parceladas como as de supermercado, eletrodomésticos, passagens e pacotes de viagens. A opção do parcelamento facilita o pagamento.
– Compras semanais
Para compras do dia a dia, a opção débito é mais em conta porque são gastos pequenos e necessários. Dessa forma, se evita usar o crédito para tudo e favorece o controle dos gastos. Lembre-se de evitar os gastos desnecessários nesta modalidade.
– Programa de pontos
Muitos programas de pontos estão ligados ao uso do cartão de crédito. Quando existe um planejamento por trás disso, é interessante optar mais pelo uso do crédito para que obtenha vantagens posteriormente. Mas cuidado: uma vez que o cliente não paga com a dívida, os pontos ficam desabilitados.
– Desconto em pagamento à vista
Muitas lojas oferecem descontos para quem paga à vista. Às vezes os descontos são expressivos e é preciso reavaliar o orçamento para encaixar a compra. Sempre se informe se é fornecido algum desconto para pagamento por meio do débito.
Aprenda a usar o cartão de crédito
Quando o cartão é utilizado como uma ferramenta emergencial, é considerado um aliado das finanças.
A partir do momento em que ele se torna a causa do endividamento do cliente, o mais saudável é parar e realinhar as expectativas e necessidades reais de utilizar o cartão com tanta frequência.
Siga as dicas abaixo para evitar o endividamento:
– Monte uma planilha de gastos, planeje e se atente às datas de vencimento e fechamento da fatura
– Anote todas as despesas
– Nunca pague o mínimo da fatura
– Bloqueie imediatamente após perda ou roubo
– Utilize no máximo 50% do salário com o cartão de crédito
– Empreste apenas para quem confia, mas – se possível – não empreste ou forneça a senha
– Cuidado com as compras online
– Não caia na armadilha do crédito rotativo
– Não tenha mais de um cartão
Planilha de gastos no cartão: como fazer
Uma planilha de gastos é muito simples de ser organizada, podendo ser produzida em diversos tipos de ferramentas.
A mais comum é feita no Excel, programa do pacote Office presente na maioria dos computadores Windows.
Confira o passo a passo:
#1. Baixe o Excel – no celular ou no notebook. A versão online é a mais indicada porque pode ser atualizada remotamente.
#2. Liste os meses. Coloque os meses na linha horizontal para organizar os períodos.
#3. Acrescente as dívidas na vertical. Logo abaixo dos meses, liste as compras e pagamentos realizados com o cartão.
#4. Controle os gastos. Se perceber que os gastos estão ultrapassando o limite, freie o uso para que não fique no vermelho. Tenha responsabilidade e cuidado com suas finanças pessoais.
Afinal, qual é o limite de gastos saudáveis com o cartão?
Apenas o dono dele pode responder isso porque a resposta deve estar alinhada com a renda mensal e a porcentagem que cada cliente direciona aos gastos com o cartão de crédito.
O ideal é utilizar de 30% a 50% do salário com as dívidas do cartão, caso contrário, encontrará dificuldades para pagar a fatura completa.
Conte para nós: como você utiliza o cartão de crédito?
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