O internet banking é cada vez mais usado por brasileiros, sobretudo pelos aplicativos de celular. A “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019” revela que 60% das transações bancárias já são feitas pelos canais digitais – celular ou computador.
A quantidade de transferências, DOCs e TEDs, por exemplo, saltou 119% em 2018. O pagamento de contas aumentou 80%.
Já a contratação de crédito, considerado um serviço sofisticado por envolver negociação, aumentou 60%, enquanto a realização de investimentos cresceu 36%. A pesquisa de saldo, tipo de operação mais comum, cresceu 17%.
A pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ressalta ainda que as transações com movimentação financeira pelo celular destacam-se. Elas registraram um crescimento de 80% em relação à edição anterior da pesquisa.
Tais números devem crescer ainda mais diante da pandemia do coronavírus. Em meio as recomendações de distanciamento social, muitas pessoas preferem fazer as transações bancárias de casa do que enfrentar filas longas nos bancos.
Golpes no internet banking aumentam com maior demanda
Levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 46% dos internautas brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude financeira em 2019. Principalmente, através do internet banking.
Pouco mais da metade (51%) dos entrevistados da pesquisa afirmou ter sofrido algum prejuízo financeiro com a fraude, sendo o valor médio do dano de R$ 478.
Entre os fatos que antecederam a fraude, a pesquisa revelou que os mais comuns foram:
- 24% – perda de documentos pessoais;
- 21% – roubo, assalto ou furto;
- 18% – perda de cartão de débito ou crédito;
- 13% – fornecimento acidental de dados pessoais para terceiros por telefone, e-mail, WhatsApp ou sites.
Considerando-se aquelas pessoas que disseram ter fornecido acidentalmente dados pessoais ou cópias de documentos pessoais para terceiros, 40% cadastraram seus dados em sites falsos de promoção.
Outros 39% dos entrevistados se inscreveram em suposta vaga de emprego, 22% realizaram compra em site falso sem perceber, 21% receberam contato telefônico de uma pessoa se passando por funcionário de instituição financeira.
Por fim, 18% receberam notificação falsa para quitação de débito. Outros 18% receberam falso e-mail de banco ou empresa pedindo atualização de dados cadastrais ou bancários.
Bancos investem em tecnologia para aumentar segurança
Os gastos com tecnologia bancária, incluindo despesas e investimentos, continuaram consistentes e somaram R$ 19,6 bilhões no ano passado, um crescimento de 3% em relação a 2018.
Desse total, R$ 10 bilhões foram destinados a software, reforçando o foco das instituições bancárias no desenvolvimento de novas funcionalidades em serviços e produtos dos bancos.
Quando perguntados sobre os investimentos prioritários previstos para os próximos anos, os bancos revelam que o setor tende a usar cada vez mais a inteligência de dados em suas operações:
- 80% dizem planejar investimentos em big data/analytics;
- 73% investirão em inteligência artificial e computação.
7 cuidados para ter segurança no internet banking
1 – Tenha um Antivírus ativo
Um programa antivírus, instalado no computador usado para acesso ao Internet Banking, deve estar sempre atualizado na última versão disponível pelo fabricante.
Em ambiente corporativo, recomenda-se um produto antivírus que possua uma administração centralizada pelo gestor de Segurança da Rede. Dessa forma, mesmo que o usuário tente, não conseguirá desinstalar nem desativá-lo.
2 – Use um computador confiável
Evite usar computadores públicos ou que sejam usados por muitas pessoas. Em casos de máquinas muito expostas, há sempre a possibilidade de haver algum programa espião instalado, ou um usuário navegando por sites não seguros que injetam esses softwares.
3 – Verifique a segurança do site
Sites de bancos sempre são acessados através de conexão segura, conhecidas pelo termo SSL. Verifique no navegador se o endereço apresenta o prefixo “https”, que garante que esse site está sob um protocolo de navegação seguro.
4 – Use redes confiáveis
Evite redes wireless, pois o tráfego de dados pode ficar exposto a programas hacker. Procure sempre conectar seu computador pessoal a uma rede segura ou conhecida.
Ou seja, redes públicas são desaconselhadas para acesso a serviços críticos, nos quais dados financeiros precisam trafegar.
5 – Não confie em e-mails de origem desconhecida
Sempre se informe com seu banco sobre os tipos de e-mails que ele costuma enviar aos clientes. Não clique em links de origem desconhecida.
Muitos deles oferecem downloads suspeitos ou atalhos para sites falsos. Sempre que for acessar seu banco, digite o endereço no navegador, não use mecanismos de busca.
6 – Use senhas fortes
O uso de senhas fortes e não óbvias dificulta a captura ou quebra delas por parte de programas hacker. Não utilize a mesma senha usada em redes sociais ou ambientes menos seguros.
7 – Tenha cuidado no uso de token
A maioria dos bancos usa o token para gerar senhas no momento de executar alguma transação. Suspeite caso o site do banco peça a senha do token mais de uma vez para a mesma sessão.
Portanto, certifique-se, com o atendimento do seu banco, se o processo está correto.
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