Muitas pessoas estão solicitando o cancelamento de viagens internacionais devido ao avanço do Coronavírus pelo mundo. Por esse motivo algumas companhias aéreas estão cancelando voos para alguns países.
Um exemplo disso é que a Latam anunciou, no último dia 2 de março, que cancelou temporariamente os voos de São Paulo para Milão. Essa medida irá valer até o dia 16 de abril.
Mas nesses casos o que as companhias aéreas oferecem pelo cancelamento do voo? Quais sãos os seus direitos como consumidor? O que é possível fazer para não ter grandes prejuízos financeiros?
É importante lembrar que a recomendação do Ministério de Relações Exteriores é de que os brasileiros não viagem para as áreas mais afetadas da China. Vale ressaltar ainda que não houve, até o momento, nenhum posicionamento sobre ida à Itália e outros destinos.
Se você quer realizar o cancelamento de algum voo para áreas afetadas pelo Covid-19, é importante saber que as regras das companhias aéreas não costumam permitir alterações e cancelamentos gratuitos. E isso ocorre nas passagens emitidas com tarifas mais baixas.
Além disso, pousadas e hotéis também não costumam oferecer esse tipo de serviço. Porém, nessas situações de crises é comum que as empresas sejam um pouco mais flexíveis.
Especialmente em casos que as passagens foram compradas até o fim de janeiro ou começo de fevereiro, quando o surto começou.
O que as companhias oferecem no cancelamento do voo para a China
Quem comprou passagens pela Qatar Airways, do Catar, Air France, da França, e a KLM, companhia holandesa, já deve ter sido comunicado que as empresas cancelaram os voos para a China.
Essa medida vale até o fim de março. Qualquer passageiro que está com passagens compradas para o país nesse período pode cancelar ou alterar gratuitamente a reserva.
Além disso, a KLM e a Air France ainda estão permitindo que os passageiros adiem as viagens que estão mais distantes. Como por exemplo, realizar a alteração de maio para junho, isso sem taxa de alteração.
Outra empresa que adotou a mesma medida é a Turkish. A companhia aérea está autorizando quem viajaria nos meses de fevereiro e março a cancelar o voo gratuitamente. Ou até mesmo viajar no final de maio deste ano.
A companhia aérea chinesa Air China também está realizando alterações e cancelamentos sem custo, remarcando as passagens para qualquer data até o fim do mês de junho. É importante ressaltar que não está sendo cobrada a diferença de tarifa, mesmo para os voos mais caros.
Já na companhia Emirates, dos Emirados Árabes, quem ia para Guangzhou ou Xangai, na China, até o fim de abril pode cancelar a viagem e receber o valor integral da passagem.
Outra opção dada pela empresa é redirecionar o voo para as cidades de Pequim ou Hong Kong, sem pagar a diferença até o fim de junho.
Agora caso você queira viajar até o mês de abril, pode escolher entre outros destinos operados pela companhia. Como por exemplo, Tailândia, Cingapura, Vietnã, Emirados Árabes e Seychelles.
Viagens com origens da Europa e América do Norte foram comprometidas
Outras empresas também já emitiram comunicados e informaram aos seus clientes sobre as remarcações de voos cancelados. As regras valem para os passageiros com bilhetes comprados para as regiões mais afetadas pelo vírus.
A Air Canadá recomenda que os passageiros com voos que passem pela China ou Itália remarquem a viagem para até 31 de março. Para o caso da China, é possível solicitar o reembolso integral em alguns casos específicos.
Já a Air Europa informa que os passageiros com bilhetes comprados e que comecem por 996, para viajar até 15 de março, poderão alterar a data ou mudar o destino para até o dia 15 de junho.
A passagem poderá ser para o mesmo destino ou outros lugares da Europa ou África. Não haverá taxas, apenas a eventual diferença entre os valores.
No caso da Air France, os voos até 28 de março foram suspensos e, em breve, a companhia irá decidir se mantém a operação de um voo diário para Pequim e Xangai, enquanto para a Itália as passagens foram mantidas e os voos serão realizados.
Cancelamento de voo de última hora: o que fazer?
Os voos começaram a ser cancelados recentemente pela companhias aéreas. Para quem está com voos programados a dias posteriores, a remarcação é menos complicada e reversível.
Mas, e se o cancelamento afetar a passageiros de última hora, sem a possibilidade de uma programação ou planejamento?
As regras da Agência Nacional de Aviação Civil – a Anac – prevêem que nesses casos o passageiro que comparecer para embarque tem direito à assistência material, que vai de comunicação, a alimentação e acomodação.
Tudo isso é feito pela companhia com o intuito de amenizar o desconforto ocasionado enquanto os passageiros aguardam a decisão de um novo destino ou reembolso, de acordo com suas ‘necessidades imediatas’, segundo a agência.
Essa assistência é oferecida de maneira gradual pela empresa área, sendo a partir do momento do atraso:
- uma hora: comunicação (internet, telefonemas, etc);
- duas horas: alimentação (voucher, lanche, bebidas, etc);
- quatro horas: acomodação ou hospedagem (se for o caso) e transporte do aeroporto ao local de acomodação.
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