O PIB (Produto Interno Bruto) é o conjunto de riquezas gerado em um país. Trata-se de um índice econômico que engloba praticamente toda a cadeia produtiva brasileira.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calcula trimestralmente o que o país produz num período, na agropecuária, indústria e serviços.
Comparando o PIB atual com o dos anos anteriores, podemos saber se a atividade econômica está crescendo ou diminuindo. O índice também permite comparar o desempenho da nossa economia em relação ao desempenho da economia de outros países.
O Banco Central e o governo federal utilizam o PIB para tomar diversas decisões que influenciam diretamente a sua vida.
As empresas e os investidores estudam o PIB antes de tomar decisões de investimento, antes de contratar ou demitir, antes de ampliar ou retrair suas atividades.
O primeiro cálculo de produção nacional foi publicado em 1953 nas Nações Unidas. Ele foi baseado em um documento do economista Richard Stone, que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1984.
Fórmula para calcular o PIB
Existem duas formas mais usadas para calcular o PIB e ambas chegam ao mesmo resultado. A primeira é contar tudo que se produz, na chamada “ótica da oferta”.
Nessa conta, entram os resultados da agropecuária, da indústria e dos serviços. Aqui estão produtos finais, que é tudo aquilo que é vendido ao consumidor, como pães, carros e brinquedos.
Também estão nessa conta os serviços, como o salão de beleza e os gastos com empregados domésticos. A segunda forma de calcular é somando o que se gastou no país. Esse método considera a visão da demanda.
Entram nessa conta o consumo das famílias, os gastos do governo e os investimentos das empresas e do governo. De maneira simplificada o PIB é calculado através da fórmula:
PIB = C + I + G + (X – M)
Onde:
C = Gastos das empresas do setor privado
I = Investimentos
G = Gastos dos governos e empresas públicas
X = Exportações
M = Importações
O que faz o PIB crescer?
Um dos fatores que mais influencia o crescimento do PIB é o consumo das famílias. Ou seja, quanto mais as pessoas compram, mais as empresas precisam produzir e investir para produzir mais.
Uma forma de estimular o crescimento do PIB é estimular o consumismo. Veja quando o PIB cresce:
– A população compra mais e as empresas investem (constroem fábricas, inauguram lojas, compram máquinas, contratam mão de obra) para produzir mais e assim atender toda a demanda;
– O governo gasta mais, constrói escolas, estradas, postos de saúde e etc;
– As empresas exportam mais;
– Quanto importamos menos.
Quais são os tipos de PIB
1- PIB nominal
Ele é calculado a preços correntes. Ou seja, considera os valores do ano em que o produto for produzido e comercializado. Já o PIB real exclui os efeitos da inflação.
2 – Per capita
Esse é calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Portanto, indica quanto cada habitante produziu em determinado período.
Qual a diferença para o Produto Nacional Bruto?
No Produto Nacional Bruto (PNB) entra toda a produção nacional, em território do Brasil ou não. Assim, empresas brasileiras que tenham fábricas no exterior também se somam a este indicador.
Em geral, países desenvolvidos possuem PNB maior do que o PIB.
Mostrando assim que a soma da produção nacional é mais forte do que a soma da riqueza produzida em território nacional, que inclui as empresas estrangeiras localizadas ali.
Onde investir com o PIB em alta?
Com a economia aquecida, o governo encontra espaço para reduzir juros. Muitas pessoas resolvem empreender pela primeira vez.
Investir em algo produtivo se torna mais lucrativo que deixar o dinheiro rendendo juros baixos no banco. São oportunidades para o investidor:
– Empreendedorismo: abrir uma nova empresa assumindo riscos para ganhar mais;
– Investimento no mercado em ações: você se torna sócio de uma empresa grande;
– Investimento em imóveis: juros menores, renda maior e mais crédito aumenta a demanda por imóveis valorizando imóveis usados e imóveis na planta.
Como o índice interfere nos seus investimentos?
A alta ou a queda influenciam os resultados dos seus investimentos em renda fixa e variável.
Se você investe em títulos públicos, LCI, LCA, CDB, fundos de investimento, mercado de ações, previdência privada e até na poupança precisa aprender mais sobre o PIB.
Portanto, é importante que você entenda como ele impacta positivamente ou negativamente nos resultados dos seus investimentos.
Ou seja, antes de investir é muito importante observar o comportamento do PIB nos últimos anos e trimestres. Além de buscar informações publicadas por economistas e analistas que fazem previsões para o futuro do índice.
Uma forma de saber a tendência do PIB (de queda ou de alta) é através da pesquisa feita pelo Banco Central que resulta em um relatório semanal chamado Boletim Focus.
Resultado do PIB brasileiro em 2019
Em 2019, o índice cresceu 1,1%, totalizando R$ 7,2 trilhões. Contudo, a alta foi menor do que nos anos de 2017 e 2018, quando o crescimento foi de 1,3%.
A coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explica A maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias.
“Ele cresceu 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que representa dois terços da economia”, ressaltou Rebeca Palis.
Para 2020 a projeção é e alta. De acordo com o relatório Focus do Banco Central, o PIB brasileiro em 2020 deve ser de 2,24%.
No entanto, o coronavírus continua se expandindo pelo mundo e afetando a economia global. No Brasil, o impacto será negativo segundo o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Mauro Rochlin.
Ele diz que o avanço da moeda estadunidense pode ser negativo para a economia brasileira porque pode resultar em um aumento da inflação e na queda nos investimentos.
“Com a virtual paralisação da economia chinesa, o nível de exportações [brasileiras] pode sofrer um revés”, diz o professor da FGV. “A expectativa é de um PIB pior esse ano.”
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