Você sabe como funciona o pagamento por aproximação? Ele permite a troca de informações entre dispositivos sem o uso de cabos ou fios. O que se torna ainda mais importante em tempos de coronavírus e distanciamento social.
Os pagamentos contactless (sem contato) são possíveis graças à tecnologia Near Field Communication (NFC), ou “comunicação por campo de proximidade”.
Para maior eficácia na transmissão de dados, o ideal é que o cartão ou dispositivo esteja a no máximo 10 cm de distância da máquina.
Uma das maneiras de efetuar pagamentos por aproximação é com um cartão habilitado para isso. Mas, a tecnologia NFC também está presente em smartphones e wearables, como smartwatches.
Ou seja, é possível fazer pagamentos contactless até mesmo sem o cartão de crédito ou de débito em mãos — para tanto, basta ter os dados do cartão salvos em uma carteira digital. A máquina que recebe o pagamento também precisa ter a tecnologia NFC.
A transação só pode ser realizada se os dois dispositivos envolvidos estiverem próximos um do outro. A NFC transmite informações em código e somente permite a “conversa” entre o seu dispositivo (cartão, celular, relógio) e o outro (máquina de pagamento).
Não há intervenção de outras máquinas, mesmo que estejam próximas e contem com tecnologia NFC. Isso proporciona segurança para o pagamento contactless — mas, em algumas transações de maior valor, pode ser necessário digitar a senha na máquina de pagamento.
Conheça os tipos de pagamento por aproximação
1 -Via smartphone
Eliminando a necessidade de ter o cartão por perto, aplicativos de carteira digital instalados no smartphone permitem que o cliente efetue pagamentos por aproximação com o próprio aparelho.
Para tanto, é apenas necessário cadastrar o cartão no aplicativo escolhido e, na hora de efetuar a transação, aproximar o aparelho da máquina de pagamento.
2 – Via pulseira
Já existem no mercado pulseiras desenvolvidas especialmente para efetivar pagamentos por aproximação. O cliente precisa ter a pulseira específica do seu banco ou meio de pagamento escolhido.
Para as instituições bancárias, desenvolver tal pulseira pode ser uma estratégia interessante de engajamento e fidelização de clientes.
3 – Via adesivo
Outra opção é utilizar adesivos desenvolvidos para a efetivação de pagamentos contactless.
Eles podem ser colados no smartphone ou smartwatch, por exemplo, permitindo que os pagamentos possam ser feitos apenas aproximando o adesivo da máquina.
Assim como a pulseira, o adesivo é feito individualmente por cada banco.
4 – Com cartão
A maneira mais simples de efetuar pagamentos por aproximação é utilizando o próprio cartão — essa, aliás, acaba sendo a porta de entrada da maioria dos clientes para o contactless.
Para tanto, é necessário ter um cartão dotado da tecnologia NFC. As transações podem ser feitas tanto no débito quanto no crédito, de acordo com as opções disponibilizadas para o cliente.
40% dos pagamentos na Europa são por aproximação
O pagamento por aproximação cresce em todo o mundo. Hoje, por exemplo, mais de 40% das operações de pagamento na Europa já são realizadas por meio de tecnologias “sem contato” e a tendência é que esse número cresça ainda mais até o fim deste ano.
De acordo com a Visa, na primeira fase da Copa do Mundo feminina de 2019, na França, o pagamento por aproximação foi adotado em 51% das transações realizadas dentro dos estádios.
Além disso, nas nove cidades-sede houve um aumento de 140% no uso do pagamento por aproximação nas compras realizadas fora dos estádios pelos portadores de cartões Visa internacionais.
Na Austrália, outro mercado em destaque, aproximadamente 90% dos pagamentos são feitos com o uso de cartões e gadgets habilitados ao pagamento à distância.
Já no Brasil, esse formato também ganha força. Contudo, ainda está restrito a aparelhos mais caros e sofisticados.
Entretanto, com o investimento de grandes bancos como Santander, Itaú e Banco do Brasil, a inovação será mais acessível e ficará disponível em diversos modelos.
Brasil apresenta evolução na usabilidade
As projeções da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) indicam que o volume de transações de pagamento por aproximação cresceram 565% em 2019. Esse movimento representou R$ 6 bilhões.
Já uma pesquisa online, realizada em setembro de 2019 pela Panorama Mobile Time/Opinion Box, aponta que 17% dos brasileiros que têm smartphones já experimentaram o recurso.
Mesmo que o hábito de pagar por aproximação ainda não esteja consolidado no Brasil, a tendência já alcançou o setor varejista, beneficiando as transações com maior rapidez.
De acordo com a Mastercard, foram registrados quase 70 milhões de pagamentos por aproximação no período entre janeiro e novembro de 2019.
Segundo um estudo da Juniper Research, os pagamentos por aproximação podem triplicar até 2024. Uma das razões para o crescimento está diretamente relacionada ao aumento da demanda.
Ou seja, quanto mais pessoas usarem o recurso, maior será a infraestrutura disponível para receber esse tipo de pagamento.
Por que o pagamento por aproximação cresce?
Os pagamentos por aproximação são considerados ideais principalmente para transações de baixo valor e para diminuir filas.
“Do ponto de vista da experiência do consumidor, de marketing diário e de comunicação, a indústria de pagamentos e os bancos se aproximam ainda mais de seus consumidores”, diz Percival Jatobá, coordenador do Comitê de Transformação Digital da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) .
O pagamento por aproximação também avança nos cartões de crédito. Por exemplo, a Visa anunciou mais uma parceria com o Banco do Brasil para uso de cartão sem contato. O BB já emitiu mais de 1,4 milhão de cartões de débito e crédito com essa tecnologia.
Ao menos 4.500 cidades já estão aptas a realizar pagamentos por aproximação no país.
Em abril deste ano, a Mastercard informou que teve mais de 3,3 milhões desses pagamentos em todo o Brasil. Muito provavelmente devido a crise do coronavírus. Afinal, essa ferramenta evita contatos.
Uma em cada cinco transações feitas de forma presencial já é realizada com tecnologia sem contato, segundo dados globais da Mastercard. Até 2022, esse mercado deve ter crescimento anual de 24%.
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