Investimento em renda fixa continua a modalidade favorita de oito entre dez brasileiros. É o que mostra a pesquisa Raio-X do investidor, elaborada pela Associação Brasileira de entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os dados indicam que 88% dos investidores ainda optam pela caderneta de poupança. A modalidade é seguida pela previdência privada (6%), títulos privados (5%) e fundos de investimento (4%).
O levantamento conclui ainda que o brasileiro é conservador na hora de investir. No total, 48% preferem constituir uma reserva financeira sem riscos a ter um bom retorno.
Mas o que é um investimento em renda fixa?
Antes de conhecer algum investimento em renda fixa é preciso entender como ela funciona.
Na prática, nessa modalidade, o investidor empresta dinheiro ao governo, a bancos/instituições financeiras ou a empresas por meio da aquisição de um título.
Pelo empréstimo, o investidor será remunerado com o pagamento de juros. Apesar da palavra “fixa” acompanhar o nome, os investimentos nessa modalidade nem sempre são 100% previsíveis.
Isso porque eles podem acompanhar índices variáveis, como a taxa Selic, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e a inflação.
De qualquer forma, na renda fixa é possível estimar a rentabilidade de um título de forma mais assertiva do que na renda variável.
Contudo, na renda fixa também é possível encontrar papéis prefixados. Neles, o investidor sabe exatamente quanto poderá receber no vencimento do contrato.
Tipos de investimento em Renda Fixa
1 – Poupança
A poupança, como dito no início do texto, ainda é a preferência nacional no quesito investimento. Seu rendimento está ligado a duas taxas no mercado brasileiro: a Selic e a Taxa Referencial (TR).
Atualmente, o rendimento da poupança está fixado em 70% da Selic + a Taxa Referencial (TR) e a liquidez do investimento é diária. Isso significa que você pode sacar os valores que investiu a qualquer momento.
Mas atenção: apesar de ter liquidez diária, existem datas específicas para sacar os valores investidos na poupança com todos os seus rendimentos – o aniversário da poupança.
2 – Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma plataforma do governo federal para negociar online títulos públicos.
Assim, quando você compra um título empresta dinheiro ao governo e será recompensado com juros no fim do contrato. Por isso, é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado.
No Tesouro Direto é possível adquirir títulos com remuneração atrelada à taxa Selic (Tesouro Selic), à inflação (Tesouro IPCA+) ou ao Tesouro Prefixado.
No primeiro caso, o título irá render conforme a variação da taxa Selic, que no momento está em uma mínima histórica. Logo, a remuneração desse papel também está mais baixa.
Já no Tesouro IPCA+, a rentabilidade será calculada pelo IPCA (inflação) + juros fixos. Portanto, a rentabilidade desse ativo irá sempre cobrir a inflação e oferecer um rendimento extra predefinido.
No Tesouro Prefixado, o investidor sabe, no momento da aplicação, qual será a rentabilidade do título no vencimento do contrato.
Porém, como existe a marcação a mercado, os títulos vinculados ao IPCA ou totalmente prefixados podem variar bastante e gerar prejuízos se o investidor precisar liquidar seus investimentos antes do prazo.
3 – CDB
Os bancos devem ter dinheiro para emprestar, portanto, precisam consegui-lo de algum modo. Isso é feito por meio da emissão de Certificado de Depósito Bancário (CDBs).
Ou seja, eles são títulos de dívida emitidos pelos bancos, que se comprometem a pagar um juros sobre esse dinheiro. Como emprestam a taxas mais caras, obtém lucro e pagam os rendimentos renda fixa dos CDBs.
Apesar de já serem conhecidos, muito investidores não sabem que podem investir em CDBs de bancos médios e pequenos sem precisar ter uma conta nessas instituições.
Como os bancos menores possuem mais dificuldade de obter dinheiro, os CDBs emitidos por esses pagam taxas maiores que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
4 – Debêntures
As debêntures são títulos de médio e de longo prazo emitidos por empresas (sociedades anônimas) para captação de recursos.
Elas podem ser isentas de Imposto de Renda e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) quando são classificadas como debêntures de infraestrutura.
As debêntures podem oferecer maior rentabilidade e, logo, vêm acompanhadas de maior risco. Ainda, esses títulos não têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Assim, caso a empresa venha a falir, não existem garantias ao investidor.
A remuneração das debêntures pode ser: prefixada, percentual (%) do CDI, CDI + spread ou atrelada ao índice de preços, como o IPCA ou o IGP-M.
5 – CRI
Os Certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) estão relacionados ao mercado imobiliário.
Porém, diferente das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que estão atreladas ao crédito imobiliário, os CRIs estão atrelados ao fluxo futuro dos recebimentos de aluguel de um determinado imóvel.
Se o dono de um Centro de Distribuição locá-lo para uma empresa, ele pode vender o fluxo de renda futuro por um valor no presente. Isso é feto por meio de um CRI.
6 – LCA
A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é um investimento em renda fixa de crédito privado que, como a próprio nome diz, está ligado ao setor do agrário.
Por isso, é possível que o recurso do investidor em LCA seja utilizado para financiar a atividade do agronegócio.
Há três tipos de remuneração possíveis: prefixado, pós-fixado e híbrido (uma união do prefixado e pós-fixado).
7 – LCI
Já a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é título de crédito privado usado pelos bancos com uma finalidade específica: captar dinheiro para usar em financiamentos e projetos no setor imobiliário.
Assim, instituições financeiras que emitem LCI usam o dinheiro para oferecer crédito para pessoas ou empresas – como construtoras, por exemplo.
8 – CRA
Assim como as LCAs estão para as LCIs, os Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) estão para os CRIs. São recebíveis provenientes de pagamentos futuros entre produtores rurais.
Os riscos e benefícios são parecidos com os dos CRIs, no entanto, historicamente os CRAs costumam ser um mais arriscados e por isso pagam taxas mais elevadas.
9 – FIDC
Por fim, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) também é um investimento em renda fixa. Seu rendimento está atrelado a uma taxa previamente acordada.
Portanto, o investidor sabe desde o início a quantia total que vai receber ao final da aplicação.
A principal diferença entre os outros tipos de aplicações é que os direitos creditórios têm relação com parcelas de cartão de crédito, cheques e aluguéis que uma empresa tem a receber.
São dívidas convertidas em títulos, repassadas a terceiros, por meio de securitização. Gostou das dicas? Confira mais conteúdos do FinanceOne sobre como ganhar dinheiro com renda fixa.
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