terça-feira, 13 de agosto de 2019

Clima econômico piora na América Latina e no Mundo

O clima econômico piorou na América Latina e no Mundo. É o que aponta o Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico (ICE) da América Latina.

A queda do ICE da América Latina foi influenciada pelo cenário internacional. Principalmente pelas tensões associadas à guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

economia da china

Portanto, o ICE Mundial, que já estava numa zona desfavorável em abril (-2,4 pontos), sofreu nova queda e passou a -10,1 pontos.

Contudo, o indicador se mantém positivo nos Estados Unidos e na Alemanha. Embora recue em julho nos dois países.

Chama atenção a Alemanha, que vinha apresentando um ICE superior aos 10 pontos desde janeiro de 2013 e agora registra 3,7 pontos.

A queda na produção industrial, com o declínio das exportações para a China, ajuda a explicar esse resultado.

Todos os BRICS estão na zona desfavorável desde a Sondagem de abril, exceto a Índia. A desaceleração do crescimento da indústria indiana, no entanto, levou a uma piora do ICE deste país.

O país passou para a zona desfavorável em julho. A expectativa de retração no comércio mundial está entre as principais causas da piora do clima econômico nas maiores economias do mundo.

Clima econômico da América Latina continua desfavorável

Em julho de 2019, o clima econômico subiu na Argentina, Bolívia e Chile. Na Argentina e na Bolívia, apesar da melhora, o clima econômico continua desfavorável.

O resultado da Argentina foi liderado pela melhora das expectativas na medida em que os índices apontam desaceleração da inflação, embora esta ainda se mantenha elevada (cerca de 40%).

Na Bolívia, houve melhora das avaliações com relação à situação atual e no Chile, das expectativas.

No ranking que considera a média dos resultados dos últimos quatro trimestres, o Chile lidera, seguido do Paraguai, Colômbia, Peru e Bolívia.

O Brasil, em sexto lugar, é o primeiro do ranking a apresentar um indicador desfavorável.

O Brasil e o mundo

No momento em que as turbulências no cenário econômico mundial ganham relevância, observa-se que entre julho de 2013 e abril de 2017, a situação atual é desfavorável no mundo e no Brasil.

No entanto, os resultados são piores para o Brasil e a distância entre os indicadores aumenta.

Entre abril de 2017 e abril de 2019, o Indicador da Situação Atual (ISA) do mundo ficou positivo e o do Brasil sinalizou uma melhora, mas permaneceu na zona negativa.

No caso das expectativas, elas são mais instáveis no Brasil do que no mundo. Observa-se que mesmo com as turbulências mundiais que levaram as expectativas mundiais para a zona desfavorável, desde julho de 2018, o IE no Brasil permaneceu positivo.

Logo, fatores domésticos teriam relativamente uma maior influência nos indicadores e o impacto das mudanças na economia mundial tenderiam a se manifestar mais tardiamente.

Uma das razões seria o baixo grau de abertura da economia para os fluxos de mercadorias e serviços.

Por fim, as expectativas favoráveis desde 2016 não se traduzem em melhoras na avaliação da situação atual, o que indica a importância de ações que permitam impulsos positivos para a economia.

Argentina: oposição derrota Macri

O peronista Alberto Fernández derrotou o presidente da Argentina, Mauricio Macri, nas eleições primárias no país. A vantagem foi de mais de 15 pontos percentuais.

Portanto, o candidato de centro-esquerda sai assim como favorito às presidenciais de outubro. Consequentemente, o mercado reagiu mal.

O peso argentino caiu em relação à moeda americana. Alguns bancos privados chegaram a suspender operações de câmbio.

A bolsa de Buenos Aires também operava com queda. Além disso, um informe do banco de investimento JP Morgan indicava a chance de uma “descontinuidade das políticas econômicas”.

China e EUA alimentam medo global

A guerra comercial entre China e Estados Unidos tem novos capítulos e foi sentida em mercados por todo o mundo. Isso porque o país asiático desvalorizou sua moeda, o yuan.

O objetivo é baratear no mundo todo o preço dos produtos chineses frente aos americanos.

Portanto, trouxe mais risco e incerteza ao clima econômico e impulsionou a cotação do dólar comercial no Brasil.

Além disso, o Ministério do Comércio chinês comunicou que as empresas do país pararam de comprar produtos agrícolas dos Estados Unidos.

E a China não descarta estabelecer tarifas de importação a esses bens adquiridos dos americanos.

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