O preço dos alimentos disparou nos supermercados. Arroz, carne, leite longa vida e pão francês são os alimentos que tiveram o maior aumento de preço.
Segundo o índice Nacional de Preços ao Consumidor, publicado pelo IBGE, os produtos de alimentação e bebidas tiveram de 0,34%, com alta nas carnes (3,06%), leite longa vida (4,36%) e frutas (2,47%).
O arroz subiu 2,22% e o pão francês 0,99%.
A Associação dos Supermercados revela que o motivo para o aumento dos preços de alguns produtos é crise gerada pela pandemia da Covid-19 e a alta do dólar.
Dólar é o principal vilão da alta do preço dos alimentos
A moeda norte-americana é a principal motivadora da alta do preço dos alimentos. Em agosto do ano passado, o dólar valia R$ 4,02. Um ano depois, R$ 5,46. Ou seja, uma alta de 36%.
Essa desvalorização do real fez os preços de produtos como soja, milho, carnes, que são cotados internacionalmente em dólar, subirem mais.
Além disso, tornou o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo, fazendo a produção ser dirigida para o exterior.
Para o economista da Fundação Getulio Vargas(FGV), André Braz, nesse cenário as exportações brasileiras ganham competitividade. Maior exemplo, segundo ele, é a carne.
“A China tem comprado todos os tipos de carne e aumentado a demanda internacional. Os preços em dólar também estão subindo. O mesmo aconteceu com a soja, o que aumenta o custo da pecuária que usa o farelo de soja e milho para ração”, explica Braz.
No entanto, o dólar não é o único fator para que os preços no atacado estejam subindo. O consumo maior da China, a recuperação na Europa e Ásia, quebra de safra e o período de entressafra também motivaram esse efeito.
Governo lança medidas contra o preço do arroz
O governo federal divulgou uma portaria com os critérios para a cota de importação de arroz, com isenção de imposto. Cada empresa terá, inicialmente, cota máxima de 34 mil toneladas do produto.
A validade da isenção é até 31 de dezembro deste ano. Segundo a portaria, caso seja constatado o esgotamento da cota global, não serão emitidas novas licenças de importação.
O objetivo da isenção tarifária temporária é conter o aumento expressivo no preço do arroz ao longo dos últimos meses.
Ele variou mais de 107% nos últimos 12 meses, com o valor da saca de 50 kg próximo de R$ 100.
É o que mostra o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).
Projeções para a inflação de 2020 sobem
A alta do preço dos alimentos fez com que os economistas revisassem para cima as projeções de inflação do ano.
“A minha expectativa era de que a inflação ao consumidor ficasse até abaixo de 2%. Agora estou revendo para 2,3%, estou chegando no piso da meta”, diz André Braz.
Braz observa que os preços dos alimentos no atacado subiram 15,02% em 12 meses até agosto.
Os alimentos no varejo, no mesmo período, aumentaram 8,5%, um pouco mais da metade. “Alimento foi o grupo que mais subiu no varejo.”
Material de construção é outra preocupação
O governo federal também avalia medidas voltadas aos materiais de construção, caso os preços não voltem a patamares considerados razoáveis até o final deste ano.
Desde maio, em função da pandemia, os insumos da construção registraram alta enquanto o setor esboça uma retomada.
Em agosto, o tijolo subiu 9,32% depois de uma alta de 4,13%, em julho. Com o cimento, os preços se elevaram 5,42% no mês passado ante 4,04%, em julho.
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