A obesidade tem impacto direto na economia do país. É o que aponta o recente estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com o relatório, a proporção de obesos na população adulta brasileira foi, entre 1996 e 2016, de 12,7% para 22,1%.
O valor é próximo à média dos países da OCDE – de 23,2%. Ante 15,4%, considerando-se o mesmo período.
O levantamento indica que, de 2020 a 2050, o excesso de peso deve reduzir a expectativa de vida em 3,3 anos no Brasil.
Para a população da OCDE, a estimativa é de uma redução de 2,5 anos.
O que o Ministério da Saúde considera obesidade?
A obesidade, segundo o Ministério da Saúde, é o acúmulo de gordura no corpo.
Causado quase sempre por um consumo de energia na alimentação superior àquela usada pelo organismo sustenta.
Tanto para sua manutenção, quanto para a realização das atividades do cotidiano.
O indivíduo obeso é aquele com índice de massa corporal (IMC) superior a 30. Aqueles com IMC de 25 a 29,9 são considerados com sobrepeso.
Eduardo Massad, médico epidemiologista, professor e pesquisador da FGV EMAp, diz o problema da obesidade no país é uma epidemia.
De acordo com ele, é a que mais gera danos à sociedade. Massad afirma que ela causa hipertensão, diabetes e diversas outras doenças.
A principal medida para controlá-la é a educação, aponta o pesquisador da FGV EMAp.
Vale ressaltar que no Brasil, conforme o Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira (55,7%) tem sobrepeso.
Em contrapartida, outras 19% está obesa. Cerca de 11% das crianças brasileiras são consideradas obesas.
Uma média, portanto, superior à de países da OCDE, onde 9,9% sofrem desse problema.
Economia prejudicada e risco de desemprego
O estudo aponta que nos próximos 30 anos, 8,4% do orçamento de saúde dos países da organização serão destinados a tratar as consequências do excesso de peso.
Isso porque os afetados necessitam de serviços de saúde com maior frequência e para tratamentos mais complicados e dispendiosos.
A obesidade reduz, ainda, as oportunidades de emprego e a produtividade dos trabalhadores. O impacto pode ser quantificado como equivalente a uma redução da mão-de-obra de 54 milhões de pessoas por ano.
Segundo os pesquisadores, os indivíduos com doenças crônicas têm mais probabilidades de estar desempregados e de perder mais dias.
O impacto da obesidade no Produto Interno Bruto (PIB) também deve ser maior em países latinos. No caso brasileiro, também de 2020 a 2050, espera-se queda de 5,5% do indicador.
O motivo é a forma como a doença deve impactar o mercado de trabalho. Entre países da organização, por exemplo, o encolhimento deve ser de 3,3%.
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