Uma enorme nuvem de gafanhotos está próxima ao Brasil. Primeiro chegou a Argentina e agora já preocupa pesquisadores e autoridades brasileiras.
Essa praga pode trazer diversos prejuízos. É possível que existam 40 milhões de gafanhotos em um espaço de 1 km². Em um dia, esses animais devoram o que daria para alimentar 2 mil vacas, ou então 350 mil pessoas.
Nesse caso, como não há alimento suficiente para sustentar todos os insetos do bando, o grupo se desloca em busca de comida, o que pode incluir plantações e áreas agrícolas.
Embora o bicho não cause doenças, o prejuízo econômico de uma nuvem de gafanhotos pode ser enorme.
Onde surgiu a nuvem de gafanhotos?
O Ministério da Agricultura da Argentina indica que os gafanhotos são da espécie Schistocerca cancellata. Essa espécie já trouxe problemas durante a década de 1960, depois foram avistados novamente apenas em 2015, se repetindo nos anos seguintes de 2017 e 2019.
No dia 11 de maio, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) emitiu o primeiro alerta, após ser avisado por autoridades paraguaias.
Demorou pouco tempo, já que no dia 21 daquele mês os gafanhotos entraram na Argentina, mas retornaram ao Paraguai logo na sequência. Ficaram uma semana no território paraguaio e voltaram ao argentino.
Até o momento, as províncias de Santa Fé, Formosa e Chaco foram as regiões mais atingidas da Argentina.
O surgimento dos insetos tem explicação no clima. O chamado ‘comportamento gregário’ é um gatilho biológico deflagrado por períodos de secas intensas e prolongadas seguidos de chuvas fortes e altas temperaturas.
Os fenômenos são resultantes do aquecimento global e desrespeito à natureza. A forte estiagem no começo do ano causou o ambiente propício para o desenvolvimento.
Como se combate a nuvem de gafanhotos?
O controle dos gafanhotos geralmente é feito quando eles ainda não formaram a nuvem, como forma de prevenção.
Quando estão nesse estágio gregário, a situação fica muito mais difícil, porque, de acordo com o Senasa, o grupo só se assenta tarde da noite, quando a visibilidade é muito baixa.
As equipes responsáveis pelo combate aplicam pesticidas para matar os insetos e diminuir a população. Entretanto, é preciso ter cuidado pois há o risco de esses produtos contaminarem o ambiente.
Por enquanto, a nuvem não chegou ao Brasil. Existe a possibilidade de que ela se desfaça com a chuva e a queda nas temperaturas, como diz um especialista ouvido pelo Canal Rural.
O Ministério da Agricultura também disse ter tomado medidas para monitoramento da nuvem de gafanhotos.
Quais os impactos para o Brasil?
Para meteorologistas, a chegada nuvem de gafanhotos ao Brasil vai depender da condição climática no Sul nos próximos dias.
Já o Ministério da Agricultura informou que a possibilidade é pouco provável, mas que continua a monitorar a situação.
Caso o fenômeno chegue ao sul do país, os prejuízos serão grandes. Afinal, a agropecuária é responsável por 9% da economia gaúcha (dados de 2014) e 6% do PIB de Santa Catarina (dados de 2016).
Vale ressaltar ainda que as regiões com maior produção agrícola nos estados são as mais próximas à fronteira com a Argentina. Conheça a plataforma de agronegócio que ajuda produtores rurais.
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