Algumas pessoas pensam, de maneira equivocada, que a inflação é apenas o aumento dos preços dos produtos e serviços de uma economia.
Na verdade, o aumento de preços pode ser uma das consequências da inflação, mas não a única e não está necessariamente vinculado a ela.
A inflação, na verdade, tem mais relação com a quantidade de dinheiro que está circulando em uma economia. Com o aumento anormal e descontrolado do acesso ao crédito ou crescimento desordenado dos meios de pagamento.
O Brasil tem um histórico traumático com relação a inflação. O índice já bateu 764% entre os anos de 1990 e 1994.
Por isso, desde o ano de 1999 foi criado o regime de metas do índice. Ele tem por objetivo estabelecer um limite máximo para a inflação medida no ano, chamado de teto da meta inflacionária.
Como é calculada a inflação?
No Brasil, oficialmente, o governo federal tem como base o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Mensalmente, o IBGE faz uma pesquisa que leva em consideração os preços de mais de 400 itens com base na última análise.
São levadas em conta 10 regiões metropolitanas do país e o custo de vida médio das famílias que recebem de um a 40 salários mínimos por mês. Por aí, define-se um aumento no custo dos produtos que irá impactar na inflação.
Outro índice importante nesse cálculo é o do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que leva em consideração o custo médio das pessoas que recebem de um a cinco salários mínimos.
Ele também aponta a oscilação de preços desse grupo. Levando em conta assim, a inflação para essas famílias.
Por que devemos medir a inflação?
A inflação impacta a economia do país e o poder de compra das pessoas. Ela tem uma influência direta no mercado econômico.
Com o índice em alta, produtos e serviços ficam mais caros e a população terá que gastar mais para adquirir algo. Apesar de parecer algo ruim, os economistas dizem que todos os países devem ter o mínimo de inflação.
A oscilação no valor dos produtos é algo comum no mundo. Contudo, existem diversas medidas que o governo pode tomar numa tentativa de controlar a inflação no país. Conheça as principais:
- Juros mais altos;
- Elevar a produção;
- Diminuição de gastos por parte do governo;
- Controle do câmbio;
- Facilidade nas linhas de financiamento.
Quais os impactos da inflação na economia?
1 – Incerteza econômica no mercado
Com as mudanças constantes nos preços, existe uma incerteza em investimentos, produção e compra.
2 – Desvalorização da moeda
A consequência do pouco investimento internacional impacta em uma desvalorização da moeda. Isto é, se eleva a exportação e há uma queda de importações.
Redução de investimentos por parte das empresas: a inflação alta gera medo pelos custos e a demanda de compra.
3 – Queda de investimentos internacionais
Quanto maior a inflação, mais elevado é o receio por parte dos investidores internacionais em apostar nesse país. Isso porque uma inflação muito elevada é uma sinalização de que há uma fragilidade econômica ali.
4 – Alta dos preços dos produtos e serviços
O consumidor vai perceber nas prateleiras a variação no preço dos produtos assim que a inflação aumenta.
5 – Redução do poder de compra da população
Se o índice cresce mais do que o aumento de salário, é comum que as pessoas tenham menos dinheiro para gastar.
Deflação também é um problema
A queda de preços generalizada e contínua também pode ser um problema. Ela desestimula o consumo, pois poupar passa a ser mais vantajoso.
Afinal, os preços vão cair no futuro, e as aplicações financeiras enriquecem o poupador.
A redução do consumo resulta em queda na produção e na geração de empregos, reduzindo o crescimento. As deflações geralmente sucedem crises e estouros de bolhas, tornando a recuperação econômica ainda mais difícil.
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