O Banco Central anunciou que a cotação do dólar usada para gastos em cartão de crédito no exterior passará a ser a do dia em que a compra for feita. A medida aumenta a previsibilidade para os clientes em relação ao valor a ser pago.
A norma padroniza também as informações sobre o histórico das taxas de conversão nas faturas do cartão de crédito. Elas terão de ser divulgadas em formato de dados abertos, de forma que rankings de taxas possam ser estruturados e divulgados.
A medida vai beneficiar os brasileiros que viajam para o exterior, cuja quantidade voltou a crescer em 2017. De acordo Associação Brasileira das Operadores de Turismo (Braztoa), o número de embarques aumentou em 26% no ano passado em comparação com 2016. Foram 1,2 milhão em 2017 contra 954.000 do ano anterior.
Destinos mais procurados por brasileiros
Em 2017, foram 345.000 embarques para a Europa, contra 273.000 para a América do Norte. No ano anterior, os dois destinos ficaram praticamente empatados, com 242.000 viagens para a Europa e 240.000 para a América do Norte.
Na América do Sul, o número de passageiros pulou de 242.000 em 2016 para 311.000 em 2017. Também comparando os dois períodos, na soma de Ásia, África e Oceania, foram 31.000 em 2016 e 47.000 em 2017.
Por fim, na América Central e Caribe, o volume de brasileiros também cresceu entre os dois anos. O número de viajantes passou de 199.000 (2016) para 229.000 (2017).
Nessas indas e vindas, no acumulado dos dez primeiros meses de 2018, os gastos de brasileiros no exterior é de US$ 15,478 bilhões. No mesmo período de 2017, somaram US$ 15,782 bilhões.
Como funciona a cobrança no cartão de crédito?
Alguns bancos brasileiros permitem que o cliente antecipe o pagamento da fatura do cartão de crédito. Ou seja, é possível aproveitar um recuo na cotação da moeda estrangeira para ter melhor controle dos gastos. Entretanto, é preciso estar atento se essa antecipação realmente será vantajosa ou não.
Dependendo do banco, quem antecipa o pagamento do cartão fica isento de uma cobrança posterior da variação cambial. Porém, há instituições que permitem a antecipação mas cobram ou devolvem a diferença do câmbio entre o dia desse pagamento e o do fechamento da fatura.
Uma outra possibilidade para evitar surpresas negativas por causa da volatilidade do dólar é travar o câmbio na data da compra. No fim de 2016, o BC, por meio da circular 3.813, passou a permitir que o consumidor opte por converter o valor gasto no exterior pela cotação da moeda estrangeira em reais no dia da compra.
Portanto, isso permite saber de antemão quanto se vai pagar no vencimento da fatura. A circular, entretanto, não obriga nem estipula um prazo para que as instituições financeiras adotem este sistema.
Usar ou não o cartão no exterior?
Usar cartão de crédito internacional é bem mais prático. Uma das vantagens é o acúmulo de pontos para trocar por milhagens para sua próxima viagem. Além de ser mais seguro que carregar grandes quantias de dinheiro.
Porém, há o acréscimo do IOF nas compras no exterior, de 6,38%. E essa taxa pode ser um susto na hora que chega a fatura.
Fazer um empréstimo com juros mais baixos pode ser uma opção melhor, por exemplo. A maioria dos empréstimos pessoais possui tarifas mais baixas que o crédito rotativo. É a opção mais viável para quem quer se organizar melhor sem comprometer o limite do cartão.
Contudo, para evitar surpresas, o ideal é usar moderadamente o cartão de crédito quando fora do país. Aderir a um cartão viagem pré-pago é uma opção que permite maior controle dos gastos e ainda garante a sua segurança.
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