terça-feira, 27 de novembro de 2018

Quase 8 milhões de brasileiros são vítimas de fraudes

Até setembro deste ano, 7,8 milhões de brasileiros foram vítimas de fraude. É o que diz o levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A pesquisa ouviu 800 consumidores em setembro de 2018, com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais, em 12 capitais das cinco regiões brasileiras. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança, de 95%.

Os dados mostram que os casos de fraudes acontecem em:

– clonagem de cartão de crédito – 41%
– uso indevido do nome para contratação de empréstimos – 12%
– utilização de documentos para abertura de crediário – 10%
– pagamento de boletos falsos – 10%
– clonagem de cartão de débito – 7%
– falsificação de cheque – 7%
– clonagem de placa de veículo – 7%

Ainda de acordo com o levantamento, as principais consequências das fraudes são:

– perda de tempo com processos burocráticos para conseguir regularizar a situação – 32%
– compras indevidas feitas em seu nome – 29%
negativação do CPF, que dificulta a realização de compras por meio do crédito – 24%

fraude

SPC disponibiliza serviços de proteção a fraudes

O SPC Brasil disponibilizou gratuitamente, por 30 dias, o serviço SPC Avisa para auxiliar a população na proteção a fraudes. Com a ferramenta, o consumidor recebe informações via e-mail sempre que seu nome for incluído, excluído ou sofrer alterações cadastrais no banco de dados do SPC Brasil.

De acordo com o SPC Brasil, nos últimos cinco anos, em cada dez avisos de perda ou de furto de documentos protocolados, quatro foram feitos entre janeiro e março.

O período coincide com o Carnaval. Ocasião em que as pessoas geralmente viajam e participam de atividades com grande aglomeração.

Outro serviço à disposição dos consumidores é o SPC Alerta de Documentos. Ele serve para casos de perda, roubo, furto ou extravio de documentos pessoais.

Seu objetivo é prevenir que seus documentos sejam utilizados por terceiros em fraudes ou compras sem a sua autorização. Para isso, basta o consumidor comparecer a um balcão de atendimento do SPC Brasil com o boletim de ocorrência em mãos.

Brasil é segundo país com maior índice de fraudes em cartões

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Quase metade dos brasileiros (49%) afirmou que já sofreu alguma fraude com cartão entre 2011 e 2016. É o que indica o estudo realizado pela ACI, em parceria com o Aite Group.

Esse número coloca o país na segunda colocação do ranking, atrás apenas do México. Em 2014, quando o último estudo foi feito, o país estava na 8ª posição.

O levantamento questionou mais de 6 mil consumidores em 20 países e revelou que as fraudes com os três tipos de cartões (débito, crédito e pré-pago) são crescentes em todo o mundo. Em comparação à pesquisa divulgada em 2014, 14 nações relataram aumento desses casos.

México, Brasil e Estados Unidos lideram o ranking, com 56%, 49% e 47% das pessoas afirmando ter sofrido algum tipo de fraude nos últimos cinco anos, respectivamente. As regiões com menores índices são Holanda (14%) e Hungria (9%).

Segundo o levantamento, um dos principais motivos para essa quantidade de pessoas já ter sido vítima de fraude é o “comportamento de risco” que nós, brasileiros, cultivamos.

Esse comportamento de risco se baseia em duas atitudes:

– deixar o celular desbloqueado;
– deixar à vista papéis com dados sobre sua conta.

Brasileiros também sofrem com fraudes no e-commerce

A Konduto, empresa brasileira de antifraude, realizou levantamento que mostra que o e-commerce brasileiro sofre uma tentativa de fraude a cada cinco segundos. O período aferido foi entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017.  O levantamento monitorou golpes contra lojas online a partir de compras feitas com cartões de crédito clonados.

O estudo, intitulado Raio-X da Fraude, levou em consideração uma amostragem de mais de 40 milhões de transações. Segundo ele, o índice de tentativas de golpes virtuais foi de 3,03%. Esse dado corresponde a uma transação fraudulenta a cada 33 processadas no comércio eletrônico.

Vale destacar que a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) anunciou que o e-commerce nacional recebeu mais de 203 milhões de pedidos ao longo de 2017.  Portanto, se 3,03% deles são de origem fraudulenta, mais de 6 milhões de transações foram feitas por estelionatários utilizando cartões clonados durante os 365 dias do ano. Quase uma compra criminosa a cada 5 segundos.

A taxa de tentativas de fraude em 2017 ainda é considerada bastante elevada. No entanto, apresentou uma redução de 15,4% em comparação ao índice de 2016, de 3,58%.

O Raio-X da Fraude apresenta também o período do dia e o dia da semana em que a atividade criminosa é mais intensa na internet brasileira. De acordo com o relatório, a maioria dos pedidos ilegítimos ocorre entre 20h e 23h, com 21,5% das tentativas, e quarta-feira é o dia da semana em que acontecem mais compras perigosas.

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