Os brasileiros estão apostando mais em produtos de segunda mão, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Uma prova disso é o aumento da procura por financiamento de veículos usados no país.
De acordo com a pesquisa, os itens usados mais buscados nos últimos 12 meses são os livros (54%) e os automóveis (43%). Já era de se esperar: o aumento dos preços faz com que os consumidores optem por produtos mais baratos e ainda assim por meio do financiamento.
Uma pesquisa feita pela B3, empresa resultado da junção da BM&FBOVESPA e da Cetip, revela que os financiamentos de veículos no acumulado de 2018 cresceram 7,5% na comparação ao ano anterior.
Foram feitos 424.584 financiamentos de veículos, sendo que 163.339 eram de veículos novos e 261.245 de usados. O levantamento realizado mostra que em setembro de 2018 foram financiados 239.174 veículos usados autos leves (carros comuns); 11.172 motos usadas; e 10.260 veículos pesados usados (como caminhões e carretas).
Como funciona o financiamento
Comprar um veículo por meio do financiamento significa dividir a maior parte do valor do carro em parcelas durante alguns anos. É como se fosse um crédito no qual é necessário dar entrada de, no mínimo, 10% do valor total do automóvel e parcelar o restante.
O financiamento, apesar de ser uma dívida a longo prazo, é uma forma de evitar o endividamento. As parcelas costumam caber no bolso do consumidor, mas é importante tomar cuidado com as taxas de juros aplicadas sobre essas parcelas.
Diversos bancos oferecem o serviço de financiamento, assim como os bancos das próprias montadoras. O banco Bradesco possui taxa de juros menor que outras instituições financeiras: 1,47% ao mês e 19,10% ao ano.
Bancos como Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil (BB) também oferecem o serviço. Empresas como a Fiat, Honda e Volkswagen também trabalham com o financiamento com taxas reduzidas (e às vezes até menores que as dos bancos).
Como fazer financiamento de veículos usados
Para fazer financiamento de veículos usados ou novos, o cliente deve solicitar uma análise de crédito ao banco. O gerente faz a pesquisa para descobrir se a pessoa tem ou não condições de arcar com mais uma parcela. Itens como salário, parcelas fixas (como aluguel, conta de luz e outras) e se está negativado são avaliados pelo profissional.
Após as respostas, o gerente faz uma simulação que se encaixe nas expectativas do cliente e apresenta a proposta junto ao valor de entrada. O prazo de financiamento costuma ser de 60 meses, mas algumas estendem até 72 (seis anos).
Alguns bancos não exigem a entrada, sendo possível financiar 100% do veículo. Nestes casos, atente-se aos juros e parcelas para que o orçamento mensal não seja comprometido integralmente com este gasto.
Para solicitar um financiamento na maioria das vezes é preciso apenas apresentar o RG, CPF e comprovante de renda. Se estiver com o “nome sujo” a sugestão é regularizar a situação com a empresa credora para, então, assumir uma nova dívida. A saúde financeira afeta diretamente na sua vida e precisa de cuidados para que não haja mais problemas no futuro.
Tipos de financiamento de veículos usados
Como já foi visto, o financiamento de veículos usados ou novos se difere de acordo com o tipo de banco (público ou privado). Ele é feito por meio do CDC, o Crédito Direto ao Consumidor, pelo Leasing ou por meio de um consórcio.
Lembrando que a forma de pagamento é sempre negociada de acordo com o salário do cliente, evitando o endividamento. Confira detalhes sobre os tipos de financiamento de veículos.
– CDC
O Crédito Direto ao Consumidor funciona assim: o cliente faz um empréstimo ao banco para comprar o veículo. O bem é regularizado no nome do comprador que, por sua vez, não pode vender o veículo ou fazer qualquer tipo de transação até que as parcelas do empréstimo sejam quitadas.
A principal vantagem dessa modalidade de financiamento é a facilidade de liberação do recurso e do bem. Após a aprovação de crédito, o cliente já pode comprar o veículo e sair com ele. Ao terminar de pagar a dívida com o banco, o consumidor tem a liberdade de fazer o que desejar com o automóvel.
A negociação pode ser feita diretamente com o banco, onde taxas e formas de pagamento podem ser revisadas.
– Leasing
A maior diferença em relação ao CDC está na documentação. Nesta modalidade o banco “aluga” o automóvel ao cliente e este paga o aluguel mensalmente. Ao terminar de pagar as prestações, o banco passa a documentação para o nome do comprador e este passa a ser o dono do carro.
O benefício é que as taxas de juros não sofrem alteração no decorrer das parcelas e, quando finalizadas, não existem mais taxas a serem pagas. Em casos de não pagamento, o banco tem o direito de recuperar o bem a partir de 30 dias.
– Consórcio
Queridinho dos brasileiros, o consórcio é a opção de financiamento que oferece a menor taxa de juros do mercado. É realizado por meio das cotas e funciona assim: todo mês é liberada uma carta de crédito para sorteio e outra para o maior lance.
Se a pessoa for sortuda, recebe rápido o direito de adquirir o veículo. Mas, no geral, o consórcio é indicado para quem não tem pressa porque pode demorar. Antes de fechar negócio, pesquise as credenciais da administradora no site do Banco Central e avalie as reclamações da empresa.
Apesar de não haver juros, no consórcio é cobrada uma taxa de administração, por isso é interessante ficar de olho em quem oferece o melhor custo benefício.
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