sexta-feira, 11 de outubro de 2019

5 investimentos isentos de IR que rendem mais do que a poupança

É possível fazer investimentos isentos de IR (Imposto de Renda)? Sim, inclusive com um bom retorno monetário.

A isenção do Imposto de Renda é um dos principais atrativos para algumas aplicações, sobretudo a poupança.

Isso porque não é preciso declarar os gastos à Receita Federal todos os anos.

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Por mais que seja a preferida pelos brasileiros, a poupança tem rendimento baixo. É equivalente a 4,55% ao ano, no caso das contas abertas após maio de 2012.

A boa notícia, por outro lado, é que existem outros investimentos isentos de IR e que rendem mais que a poupança.

A seguir, listamos cinco desses exemplos. Confira:

LCIs e LCAs

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são dois títulos emitidos por bancos para o financiamento de setores da economia.

Eles constam entre as principais aplicações com a isenção do Imposto de Renda.

Porém, existem controvérsias sobre a possível tributação desses investimentos.

No final do governo de Michel Temer, o então ministro da Fazenda, Eduardo Guardia sugeriu que Jair Bolsonaro começasse a tributar as letras de crédito.

Até hoje, esse assunto não teve andamento e nem discussão pela gestão atual.

Por enquanto, a vantagem da LCI é que rende 100%, cerca de 6% ao ano. Além disso não tem cobrança de taxa de administração.

A aplicação inicial também é baixa. De acordo com especialistas é a partir de R$100.

As letras de crédito ainda são cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

O seguro é de ate R$250 mil em caso de falência do banco, para cada instituição ou CPF.

Por outro lado, a desvantagem desse investimento é que o dinheiro nem sempre fica disponível para o saque.

O resgate, em geral, só pode ser realizado na data do vencimento. Nos prazos mais curtos, a rentabilidade é menor.

CRIs e CRAs

Outros investimentos isentos de IR são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados Recebíveis Agrícolas (CRA).

Eles são títulos emitidos por instituições securitizadoras. Uma construtora imobiliária que financie apartamentos em 15 anos, por exemplo, pode precisar do dinheiro antes.

Nesse caso, os investidores podem comprar certificados, os CRIs.

Na prática, estão emprestando dinheiro as construtoras. O mesmo ocorre com o agronegócio.

O ponto positivo, portanto, é que esses certificados têm boa rentabilidade e não cobram taxa de administração.

Eles, no entanto, não são garantidos pelo FGC e apresentam risco médio.

Isso porque se os clientes que financiam os apartamentos não pagarem, o aplicador perde o dinheiro.

O resgate também só pode ser feito ao final do prazo, que dura de quatro a dez anos. O valor do investimento inicial, por sua vez, é alto.

De maneira geral, gira em torno de R$1.000 a R$5.000.

Debêntures incentivadas

Esses são títulos emitidos direto pelas empresas de infraestrutura. Elas, por sua vez, usam o capital dos aplicadores para financiar seus projetos.

A vantagem é que não há taxa de administração e são os investimentos mais rentáveis na renda fixa, segundo especialistas.

Diversas debêntures pagam os lucros semestral ou anualmente, atrelados ao índice de Inflação Oficial do País (IPCA).

Contudo, não são protegidas pelo FGC e são aplicações de risco médio. Uma vez que a empresa emissora pode não pagar os investidores.  

Fundos de debêntures incentivadas

Na teoria, os fundos são aplicações que reúnem capital de diversos investidores centralizado nas mãos de um gestor. Ele é quem decide onde aplicar.

Nos fundos de debêntures incentivadas, por exemplo, os recursos são utilizados para comprar debêntures de projetos de infraestrutura.

O risco, por isso, é diluído. Já que os valores estão distribuídos por várias debêntures, provenientes de projetos e empresas diferentes.

O valor inicial é baixo, em torno de R$100. O resgate pode ser feito em prazos de 30 a 60 dias.

Os fundos, entretanto, não protegidos pelo FGC e cobram taxa de administração.

Fundos imobiliários ou FIIs

Por último, os fundos imobiliários também são investimentos isentos de IR. Eles estipulam o mínimo de 50 cotistas e têm negociação em Bolsa.

O ponto positivo, portanto, é que rendem conforme a venda ou aluguel dos imóveis que integram o fundo.

Os lucros, por sua vez, podem ser distribuídos mensalmente.

Por serem negociados diretamente com a Bolsa, apresentam alto risco. Além de não serem protegidos pelo FGC.

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