O Banco Central limitou os juros do cheque especial. A partir do dia 6 de janeiro de 2020, eles serão de no máximo 8% ao mês.
De acordo com o BC, o objetivo da medida foi corrigir uma falha de mercado no cheque especial para reduzir seu custo e sua regressividade.
Ou seja, o custo maior em termos proporcionais para os mais pobres. Outra meta é racionalizar seu uso pelo cliente.
De acordo com a instituição, hoje, os juros médios do crédito especial são de 306% ao ano. Por outro lado, o percentual fica por volta de 12% ao mês.
Contudo, a resolução libera os bancos a cobrarem uma tarifa de 0,25% sobre o limite total de cheque especial do cliente. Descontado o valor devido a título de juros no respectivo mês.
Quem tem limite de até R$ 500 ficará isento da tarifa. Segundo o BC, 19 milhões de clientes se encaixam nessa isenção, de um universo total de 80 milhões de usuários do serviço.
A isenção para a faixa de limite de até R$ 500 é estendida a todos os clientes. Isto é, quem tem um limite de R$ 600 paga a tarifa apenas sobre R$ 100 restantes.
40% recorrem ao limite extra todos os meses
O cheque especial é uma das modalidades de crédito mais caras do mercado. No entanto, nem por isso o consumidor brasileiro tem evitado usar esse limite disponível na conta, que muitas vezes é fácil de ser obtido.
Em cada dez brasileiros, dois (20%) recorreram ao cheque especial em algum momento nos 12 meses anteriores ao levantamento.
É o que mostra a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
O levantamento ainda mostra que a maior parte (40%) dos usuários do cheque especial tem o hábito de utilizar o saldo extra todos os meses.
Esse comportamento é ainda mais comum levando em conta as pessoas da classe C, D e E (48%).
Outros 30% de usuários recorreram ao cheque especial a cada dois ou três meses e 27% pelo menos três vezes no ano.
6 dicas para não recorrer à modalidade
1 – Faça um planejamento financeiro
Grande parte das pessoas que entram em dívidas chegam a essa situação porque não souberam lidar com o dinheiro. E, principalmente, porque não acompanharam de perto os seus gastos e ganhos.
Fazer um planejamento é a melhor forma de entender a sua realidade financeira. Assim, você vai saber o quanto você pode gastar com cada despesa.
E, principalmente, quitar as suas dívidas, como sair do cheque especial.
Portanto, faça uma avaliação minuciosa dos seus gastos e classifique o que é necessário e o que pode ser cortado ou reduzido no orçamento.
Assim, é possível ter uma vida financeira mais equilibrada, sem depender de linhas de crédito ruins, como o limite pré-aprovado.
2 – Tente fazer uma negociação
À medida que a dívida de cheque especial vai envelhecendo, ela fica mais cara. Uma forma de tentar quitar esse débito e pagar menos juros é recorrer à negociação.
Entre em contato com a instituição financeira e converse sobre a possibilidade de conseguir juros menores.
++ Como limpar o nome depois de pagar as dívidas
3 – Parcele o seu débito
A depender do valor da dívida, parcelar os débitos é uma saída interessante.
Mas, para que essa solução seja realmente viável, não se esqueça de analisar as suas contas para entender quanto, exatamente, você poderá pagar por mês.
Afinal, se a dívida não for quitada depois de uma negociação, haverá acréscimo de juros sobre os débitos já existentes.
4 – Troque a sua dívida por outra mais barata
Os juros do cheque especial são os mais caros do mercado. Portanto, trocar essa dívida por outra modalidade de crédito pode torná-la mais barata.
Verifique opções de empréstimo com taxas mais baixas e maior prazo de pagamento para se livrar de uma vez por todas da bola de neve do cheque especial.
Neste momento, considere a possibilidade de colocar um bem como garantia de pagamento, para conseguir condições ainda melhores.
5 – Não confunda crédito e receita
Normalmente, os consumidores que utilizam a modalidade de crédito com frequência confundem receita e crédito.
Vale lembrar que, embora apareça como limite disponível na conta, o valor não compõe a renda mensal.
6 – Diminua o limite
Para aqueles que têm dificuldade de controlar os gastos com o cheque especial, é aconselhável reduzir ou até cancelar o limite.
Assim, o consumidor terá menos dinheiro disponível, o que incentivará mais cautela na hora de gastar.
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