Renegociar as dívidas é uma ótima forma de sair do vermelho e começar o ano com o nome limpo. Principalmente porque os brasileiros ficaram mais endividados em novembro de 2019.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que esse problema é recorrente no país. Segundo a CNC, o porcentual de famílias com dívidas subiu de 64,7% em outubro para 65,1% em novembro.
O levantamento aponta também que houve aumento em relação a novembro de 2018, quando essa fatia de endividados era de 60,3%.
Já uma pesquisa da empresa de recuperação de crédito Recovery revela que quase um terço dos consumidores (30%) com restrição ao crédito tem mais de uma dívida em atraso.
Sendo que 56% dos empréstimos foram feitos há mais de sete anos. De acordo com a análise, a dívida média é de R$ 3.116 e a maioria dos endividados está localizado no Nordeste e no Sudeste e tem idade entre 25 e 45 anos.
Quais as vantagens de negociar dívidas?
O quanto antes as dívidas forem negociadas, melhor. Isso porque existem algumas consequências para quem mantém as cobranças em aberto.
Como a negativação do CPF, restrições de crédito junto às instituições financeiras e impossibilidade de ter acesso ao crédito e realizar compras parceladas.
Além disso, haverá um desequilíbrio financeiro. Afinal, a pessoa passa a gastar grande parte da renda no pagamento de juros, já que esse tipo de dívida só aumenta.
Quando isso acontece, fica impossível investir o dinheiro para aumentar o patrimônio e realizar os sonhos. E quanto mais o tempo passa, maiores ficam os valores devidos.
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Como fazer a renegociação de dívidas?
Para iniciar o processo de renegociação de dívidas basta entrar em contato com o credor e fazer a solicitação.
Normalmente, os próprios credores procuram quem deve e oferecem propostas de renegociação dos valores. Portanto, você pode aproveitar essa oportunidade para regularizar sua situação.
Alguns bancos e instituições financeiras também oferecem a opção de fazer a renegociação online.
Eles simulam as melhores condições de pagamento do débito e evitam que você tenha que se deslocar até uma agência pessoalmente.
Como conseguir o melhor acordo?
Ao se preparar para renegociar dívidas com seus credores, você poderá seguir três passos básicos que te ajudarão a garantir o melhor acordo:
1 – Saiba mais sobre suas dívidas
Sem saber exatamente o valor total de suas dívidas, você não conseguirá colocar um fim nesses débitos.
Por isso, junte todas as suas declarações mensais dos credores e faça uma lista de quem você deve e quanto custará para quitar as cobranças.
2 – Planeje fazer uma proposta realista
De nada adianta sair da renegociação de dívidas com um acordo que você, de novo, não poderá cumprir.
Portanto, faça seu planejamento financeiro e entenda quanto poderá destinar ao pagamento da dívida para fazer uma proposta realista.
3 – Não se deixe levar pelas emoções
Na hora de negociar seu refinanciamento de dívida é preciso atenção. Não assine nada no calor do momento e leve o contrato para ler com calma em casa.
Uma boa dica é pedir para que algum amigo advogado leia tudo antes que você assine.
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Como obter descontos com a renegociação?
Além da vontade do devedor em quitar sua dívida, está em jogo também o interesse do credor em receber o dinheiro.
Para quem detém o direito de receber, a pior perspectiva é sempre aquela em que o devedor não consegue pagar e arrasta a dívida por tempo indefinido.
Essa pode até lhe parecer uma situação incomum, mas uma boa forma de obter bons descontos é apresentando sua própria proposta à empresa.
É preciso expor de maneira clara quais são suas condições financeiras atuais e quanto pode pagar. É possível até mesmo retirar completamente os juros e obter bons prazos de pagamento.
Contudo, não pense que o credor aceitará qualquer oferta. Ela precisa ser realista. Afinal, quem vai receber o dinheiro também não quer sair prejudicado da situação.
Outros bancos podem oferecer condições melhores
Você pode não saber, mas é possível fazer a portabilidade da sua dívida para outro banco. Ao encontrar melhores condições, você pode pressionar o banco a aceitar a sua proposta.
Mesmo assim a instuição bancária não aceitou a sua proposta? Considere levar a sua dívida para outra.
Vale lembrar que nesses casos, a maioria dos bancos não exigem a abertura de uma conta corrente.
Os clientes superendividados contam com ajuda de instituições como Núcleos de Superendividamento do Procon. Esse auxílio é oferecido de forma gratuita.
No entanto, os consumidores que não se encaixam no perfil, podem precisar da ajuda de um advogado para concluir o seu acordo.
Feirões também são uma boa alternativa
Existem alguns mutirões que servem unicamente para renegociar dívidas com o banco. Vale lembrar que esse tipo de evento não possui cronograma fixo, e nem todas as instituições financeiras participam dele.
Em uma tentativa de receber pagamentos através de volume ao invés de negociações, os bancos oferecem condições melhores que as padrões.
Contudo, é importante se preparar para não ir com muita sede ao pote, visto que o acordo também pode ser desfavorável nessas situações.
Possuir mais de uma dívida é bastante comum. Entretanto, o grande problema do brasileiro não é ser muito endividado, mas sim, mal endividado.
Na hora de decidir qual dívida pagar primeiro priorize as que oferecem juros mais altos, como é o caso do rotativo do cartão de crédito e o cheque especial.
Essas dívidas tendem a se tornar uma “bola de neve”. Afinal, o valor que você tem que pagar só irá aumentar.
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Renegociação de dívidas: por onde começar? Publicado primeiro em https://financeone.com.br/
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