A queda da taxa Selic fez a busca por empréstimo no país aumentar. Segundo pesquisa da Serasa Experian, de janeiro a agosto deste ano, o acréscimo no número de pessoas que procuram pelo serviço foi de 10,3%.
O que representa o maior crescimento dos últimos nove anos. Isso porque 65,1% das famílias relataram ter dívidas, contra 64,8% em agosto e 60,7% em setembro do ano passado.
Foi o maior resultado desde julho de 2013 e o terceiro maior patamar da série histórica. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
São exatamente esses fatores que têm cativado cada vez mais o consumidor a adquirir um empréstimo. Desde o fim de 2016 até hoje a taxa básica de juros caiu abaixo da metade.
No mesmo período, o juro ao consumidor recuou quase um terço, de 74,48% para 52,06% ao ano.
Diante desse contexto, especialistas consideram que agora é um momento de muitas oportunidades para quitar dívidas.
Portanto, o consumidor deve saber que aproveitar a queda na taxa de juros irá fazer ótimos negócios, principalmente renegociar dívidas.
Como aproveitar esse cenário financeiro?
É importante saber usar o empréstimo a seu favor. Quando bem utilizado, com planejamento e escolha criteriosa para cada objetivo, o crédito é um impulsionador de sonhos.
Dessa forma, se tiver dívidas altas no cartão de crédito ou no cheque especial, ou ainda se grande parte do seu orçamento estiver comprometido, esse é o momento de usar a modalidade.
Afinal, com taxas de juros menores é possível “trocar a dívida” para se reorganizar e retomar a saúde financeira.
Serviços como o cheque especial, rotativo do cartão de crédito e o empréstimo pessoal são responsáveis pelo alto índice de inadimplência no país.
Quem tem mais chances de conseguir um empréstimo?
O score de crédito influencia diretamente no empréstimo. Ele é uma pontuação dada a cada cadastro de pessoa física referente ao seu relacionamento com mercado de crédito.
Em outras palavras, é uma representação numérica que os bancos e instituições financeiras utilizam para saber se você é ou não um bom pagador.
Para isso, é avaliado seu histórico como devedor. Ou seja, o histórico de pagamento de contas e de dívidas negativadas (quitadas).
Além do seu relacionamento financeiro com empresas, contas e cartões de crédito que tem e seus dados cadastrais atualizados.
Como funciona a pontuação do score de crédito?
Por meio da análise dos itens que citamos acima, cada pessoa recebe uma pontuação que pode variar de zero a mil pontos.
Cada instituição financeira tem suas regras para avaliar o score de crédito, contudo, no geral podemos considerar o seguinte:
– até 300 pontos há alto risco de inadimplência;
– entre 300 e 700 pontos há risco médio;
– baixo risco para quem acumula pontuação acima de 700 pontos.
Ou seja, quanto mais alta sua pontuação, melhores são suas chances de conseguir variados serviços de crédito. Como por exemplo, cartão de crédito, maior limite de cheque especial, financiamentos e empréstimo.
O score de crédito alto significa que você é um bom pagador. Portanto, cumprirá com o compromisso de quitar o empréstimo.
Isso dá mais segurança à instituição financeira na hora de analisar seu perfil e decidir ceder ou não o dinheiro a você. Muitas vezes, o score também terá influência na taxa de juros que você pagará à instituição.
Por isso, é importante pagar suas contas em dia e não contrair mais dívidas do que seu bolso aguenta. Além de fazer um bom planejamento financeiro para manter sua vida financeira saudável e aumentar seu score de crédito.
No entanto, esse não é o único ponto avaliado. Fornecer dados pessoais atualizados e corretos são sempre importantes para que sua solicitação tenha maior probabilidade de ser aprovada.
Outros fatores importantes da análise de crédito
1 – Motivações do crédito
Todo empréstimo é motivado por algum gatilho e/ou necessidade do consumidor.
Para ter mais chances na hora da aprovação do pedido, é recomendado que a pessoa tenha certeza, clareza e segurança sobre o porquê de estar se engajando na operação.
Uma pesquisa da FinanZero listou alguns dos motivos mais comuns e bem aceitos pelas instituições financeiras.
Os mais de 80.000 pedidos analisados foram motivados, na maioria, para o pagamento de viagens, cirurgias, compra de ativos, reforma da casa e quitação de dívidas.
É importante ressaltar, porém, que cada instituição financeira tem o seu método de análise de crédito. Ou seja, as motivações podem variar. Em caso de dúvidas, pergunte à empresa que pretende tomar o empréstimo.
2- Vínculo empregatício/comprovação de trabalho
A análise da FinanZero demonstrou que a ocupação do tomador de crédito é um fator importante na hora de comprovar uma renda mensal consolidada e constante.
Esse é um dos itens essenciais para que a instituição possa liberar o dinheiro, norteando-se pela capacidade de pagamento do consumidor.
De acordo com o estudo, os funcionários dos setores privado e público têm mais facilidade em passar pela fase de análise de crédito do que as demais categorias.
A taxa de aprovação dos trabalhadores de empresas privadas é de 30%, seguida pela dos servidores públicos, de 27%.
Os profissionais liberais vêm logo atrás, com 22%. Os últimos da lista são os aposentados, aprovados em 20% dos casos, e os autônomos com 19% de aprovação nas análises.
A sazonalidade do serviço e a falta de organização com as finanças pessoais e profissionais também podem ser empecilhos na vida dos trabalhadores autônomos.
Isso porque, muitos dos autônomos acabam confundindo o fluxo de caixa pessoal, com o profissional.
3- Residência
Muitas vezes a residência é usada como garantia em uma operação de empréstimo.
Portanto, o tipo de residência também pode ser um facilitador no momento em que o banco, a financeira e/ou a fintech de empréstimo analisam o perfil de crédito do consumidor.
O estudo mostra que as pessoas que têm as melhores taxas de aprovação têm casa financiada (35%). Na sequência, aparecem os que têm casa própria (26%), casa de familiar (24%) e imóvel alugado (24%).
A facilidade maior dos que possuem casa financiada ocorre pelo fato da pessoa que financiou um imóvel já ter passado por uma outra análise de crédito.
Nesse caso, por exemplo, a pessoa tem mais chances de demonstrar que tem renda fixa e capacidade de honrar as dívidas maiores.
Entretanto, vale lembrar que ser aprovado em um financiamento imobiliário não é garantia de uma nova aprovação em outra tomada de crédito.
4- Conta bancária
Outro ponto de análise na pesquisa da FinanZero é sobre o perfil bancário dos clientes que pedem empréstimo.
Com 42% de aprovação, pessoas que contam com conta corrente, com ou sem cheque especial, têm boas chances de conseguir crédito.
Em segundo lugar, aparecem os que têm apenas conta salário (19%) – a qual não aceita o depósito do empréstimo – e poupança (16%).
Para os especialistas, a movimentação bancária se coloca como uma vitrine dos gastos e da vitalidade financeira do futuro tomador de empréstimo.
5- Estado civil
A fintech demonstrou ainda que o estado civil dos clientes também é avaliado no momento da análise de crédito.
Pessoas casadas (28%), divorciadas (27%) e solteiras (23%), porém, têm grau de aceitação de perfil próximos.
Uma vantagem que pessoas casadas podem ter em relação às que se encontram em outros estados civis, é de ter, facilmente, um avalista para somar/complementar a renda.
Mas casado, divorciado ou solteiro, o consumidor deve ter, primeiro, capacidade de honrar as dívidas.
É importante lembrar, no entanto, que esse tipo de movimento também é possível em relação de 1º grau, como pais para filhos e irmãos.
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