sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Bolsonaro faz balanço da Economia e se diz otimista para 2020

O presidente Jair Bolsonaro fez um balanço da economia brasileira em 2019, por meio de uma publicação no Facebook. Ele citou fatos que, na sua opinião, foram positivos durante seu primeiro ano de mandato.

Entre eles, o desempenho da safra nacional de cereais e leguminosas, a queda da Selic (taxa básica de juros) e o crescimento dos pontos da bolsa de valores.

Além da redução de juros no mercado imobiliário, geração de empregos formais, aprovação da reforma da Previdência, a nova política de remuneração e saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Ele afirmou que, devido a melhora de indicadores econômicos no segundo semestre de 2019, há motivos para otimismo em 2020.

balanço da Economia
Bolsonaro acredita em 2020 “mais otimista com a situação econômica”

O texto publicado por Bolsonaro destacou ainda outras ações em andamento, relacionadas direta ou indiretamente à equipe econômica, que colaboram para o otimismo em 2020.

Entre elas, os debates sobre a forma tributária, a nova Lei da Liberdade Econômica, aprovação do 13º do Bolsa Família.

Os 10 principais pontos apontados pelo presidente Bolsonaro

1 – Taxa Selic

Em seu balanço da economia em 2019, o presidente Jair Bolsonaro destacou a queda da taxa Selic. No início do seu governo, ela estava em 6,5%.

Hoje, encontra-se em seu mínimo histórico, 4,5% ao ano. O que representa uma taxa de juros real abaixo de 1% ao ano.

Segundo Bolsonaro, aos poucos essa taxa menor aparecerá nos juros na ponta. Ou seja, queda na taxa de juros dos empréstimos.

2 – Bolsa de Valores

A bolsa começou 2019 em 87.880 pontos. Na véspera do Natal, 24 de dezembro, estava um pouco acima de 115 mil pontos.

Isto é, houve um crescimento de 31% no ano frente a uma inflação que será inferior a 4%. Portanto, um ganho real no mercado doméstico de mais de 26%, segundo o presidente Bolsonaro.

3 – Juros do mercado imobiliário

Taxas de juros do mercado imobiliário com forte redução”, ressaltou o presidente. De acordo com ele, 2020 será um bom ano para o setor imobiliário e para a recuperação do emprego na construção civil.

Ele identificou que as taxas de juros do crédito imobiliário caíram e as operações de portabilidade, pessoas trocando o financiamento habitacional para usufruir de juros menores, quintuplicaram em 2019.

4 – Crédito

A carteira livre de crédito a pessoas físicas totalizou R$1,1 trilhão, em outubro do ano passado. O que representa expansão de 16,2% em doze meses.

Bolsonaro disse que isso é um crescimento expressivo na concessão de crédito puxado pela queda das taxas de juros e perspectiva de maior crescimento. O crédito a pessoa física, de acordo com ele, está em forte expansão.

5 – Contas públicas

O presidente ressaltou em seu balanço da economia que o déficit das contas públicas será menor do que o projetado no início do ano.

A meta de déficit primário para o setor público em 2019 era de R$ 132 bilhões. No entanto, as últimas projeções do governo apontam para um valor entre R$ 60 e R$ 80 bilhões.

Ou seja, o déficit poderá ser menos da metade do projetado pela meta oficial.

6 – Dívida Pública

Com a queda dos juros, a dívida pública crescerá em um ritmo muito mais lento e já poderá se estabilizar, em 2020. Isso só aconteceria a partir de 2023.

“Ou seja, antecipamos o ajuste fiscal com a forte queda dos juros decorrente, entre outros fatores, da aprovação da reforma da previdência, redução da política de subsídios e pré-pagamento da dívida de bancos públicos junto ao Tesouro Nacional”, escreveu Bolsonaro em sua rede social.

7 – Emprego

Bolsonaro citou também o mês de novembro como exemplo na geração de emprego formal.

Medido pelo Caged, foram abertos 99 mil postos de trabalho. Quase o dobro do número esperado pelo mercado e o maior valor desde novembro de 2010.

De janeiro a novembro, o país registrou a geração de 948.344 novos empregos formais. O saldo é o maior no período em seis anos (desde 2013).

8 – PIB

O presidente apontou que, em 2019, a incerteza em relação a aprovação da reforma da previdência até maio, o agravamento da guerra comercial entre EUA e China, o desastre de Brumadinho e crise da Argentina prejudicaram o crescimento do Brasil.

Contudo, para 2020, analistas de mercado já estimam crescimento de pelo menos 2,3%. Muitos analistas econômicos no mercado já apostam em crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 2,5%.

9 – Reforma da Previdência

Em 2019, a reforma da previdência foi aprovada. Bolsonaro classificou como uma medida robusta com potencial de economia de cerca de R$ 1 trilhão em dez anos. Quando se inclui na conta as medidas de controle de fraudes que também foram aprovadas.

Ele destacou que vários governos estaduais também aprovaram suas respectivas reformas da previdência.

Ao todo, dez estados deram aval para alguma versão da reforma da previdência, no final de 2019. Enquanto cerca de oito estados já encaminharam suas propostas.

10 – Outras medidas

Além da reforma da previdência, Jair Bolsonaro relata que o ano de 2019 terminou com aprovação das seguintes medidas:

. Nova lei das agências reguladoras;
. Aprovação do cadastro positivo;
Anúncio do acordo entre União Europeia e Mercosul;
. Novo marco regulatório para o setor de gás com desinvestimento da Petrobras no setor;
. Aprovação na Câmara dos Deputados do novo marco regulatório para o setor de saneamento.

Para ele, essas são mudanças estruturais importantes com impacto positivo na economia.

O que Bolsonaro espera da Economia em 2020?

O presidente Jair Bolsonaro conclui seu balanço da economia mencionando as seguintes ações serão apresentadas neste ano. São elas:

. Reforma tributária;
. Planos de ajuste fiscal dos estados;
. Nova Lei de Recuperação Judicial;
. Redução dos juros do cheque especial;
. Fomento ao crédito de cooperativas;
. Programa verde amarelo;
. Revisão das diversas normas regulamentadoras (NR) da secretaria de previdência e trabalho;
. Nova Lei da Liberdade Econômica;
. Ações de digitalização e desburocratização do governo, aprovação do 13º do Bolsa Família.

E os especialistas, o que esperam da economia em 2020? Confira nosso artigo especial!

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