O câmbio para viagem faz parte de toda a preparação para um passeio fora do seu país. Se você já foi ao exterior, provavelmente enfrentou algumas dificuldades.
E um desses desafios diz respeito à avaliação do melhor câmbio. Mas essa confusão é bastante comum.
O câmbio para viagem muda todos os dias e são várias as opções de troca. Por isso, é normal ter dúvidas de como garantir o melhor preço e não perder dinheiro.
Afinal, prestes a viajar, a última coisa que alguém quer é perder dinheiro.
Antes de mais nada, você vai precisar entender como funciona o câmbio para viagem. Isso será essencial para a avaliação do melhor preço e de como fazer essa pesquisa.
Diferentemente da compra de dólar como investimento, muitos leigos às vezes só precisam de outra moeda para viajar.
Nesse artigo, você vai aprender a fazer o melhor câmbio para viagem, com sete dicas preciosas para não perder dinheiro!
1. Entenda como funciona o câmbio para viagem
Um dos maiores motivos da perda de dinheiro é a falta de informação. Por isso, o ideal é entender o funcionamento do câmbio.
Nele, o dinheiro é uma mercadoria. Você não “troca” moeda, mas vende uma para comprar outra. Por isso há preços de venda e de compra.
É como se você vendesse uma mercadoria que não serve (a moeda inútil no país de destino) para comprar uma mercadoria que precisa (o dinheiro essencial no país de destino).
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Essa transação não é muito justa se você considerar que compram sua mercadoria por menos do que vale e vendem com sobrepreço.
Mas é um prejuízo inevitável. O que você precisa é de meios para tornar esse prejuízo o menor possível.
Dica: nunca se deixe levar pela diferença entre os valores das cotações entre diferentes moedas. Quando você vê o dólar a R$3,90 e o peso mexicano a R$0,40, a vontade é de apostar tudo nos pesos, certo? Errado!
Entenda que o dólar é o parâmetro pelo qual o real é cotado frente todas as moedas. Se o dólar fica mais caro, todas as moedas ficam mais caras também.
2. Planeje o quanto pretende gastar
Viajar é bom demais. Mas, como qualquer projeto na vida, dá muito mais certo se for bem planejado.
Pense que, assim como o roteiro de lugares que você quer conhecer, é preciso estabelecer um guia para os gastos.
Planeje quanto pretende gastar, sempre colocando uma margem para imprevistos. Ainda mais quando se está em outro país.
O destino da viagem e a moeda local vão influenciar bastante nesse planejamento financeiro. E tenha certeza: nunca esse valor estipulado é exato, e sim uma estimativa de gastos.
Lembre-se das possíveis compras e dos contratempos. É legal pesquisar sobre o a país, a economia, gastronomia, os lugares que você irá visitar.
Adicione os gastos, se possível com uma estimativa diária, para ter uma ideia de quanto precisará na moeda local e, consequentemente, quanto gastará na sua moeda.
3. Pesquise e acompanhe o câmbio para viagem
Viagem ao exterior exige, pelo menos, seis meses de planejamento. Assim, você garante melhores preços de passagens e hotéis, podendo escolher com calma.
Experimente pesquisar o câmbio para viagem assim como você pesquisa esses outros elementos para o passeio.
Ver os preços todo dia, analisar quedas e altas. E assim poder escolher o momento certo para realizar a troca.
No site do Banco Central é possível acessar um ranking bem interessante. Ele mostra o quanto bancos e casas de câmbio cobram, em média, por uma moeda estrangeira no mês.
Os números se referem ao valor efetivo total (VET), que inclui a taxa de câmbio, as tarifas e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A lista pode ser usada como referência de locais que costumam vender a moeda mais barata.
Outra dica: lembre-se que casas de câmbio próximas a atrações turísticas ou em shoppings podem ser mais caras.
4. Não compre moedas fracas no Brasil
Pesos chilenos, colombianos, mexicanos, uruguaios e argentinos, além dos soles peruanos, são moedas fracas no Brasil. Também entram nessa lista os rands, florins, liras e quetais.
Moedas de países como Chile, Uruguai, Argentina, Japão, Noruega, Dinamarca, África do Sul e Tailândia são difíceis de achar no Brasil. E apresentam uma cotação desvantajosa.
Só vale comprar pesos argentinos no Brasil, por exemplo, em Foz do Iguaçu ou em lugares com colônia argentina, como Búzios e Bombinhas.
Ao viajar para esses países, é mais vantajoso comprar dólares americanos no Brasil e trocar pela moeda local no país de destino. Mesmo sendo taxado duas vezes, ainda assim a economia é grande.
5. Saiba onde o Real não é valorizado
A lista de lugares onde a cotação do Real é vantajosa deve ser considerada na sua viagem. Levar reais para Europa, Estados Unidos, Colômbia, Peru e México, além de outros destinos na Argentina, Uruguai e Chile, é perder dinheiro.
Até será possível que você troque reais, mas nunca com a cotação atrativa de uma moeda forte, como o dólar.
Em cidades onde o real não é valorizado, o turista perde dinheiro. Melhor levar dólar ou outra moeda forte do local.
6. Prefira a moeda local ao realizar o câmbio para viagem
Com exceção de alguns casos, é sempre melhor trocar seu dinheiro pela moeda do local de destino. A dica é garantir o melhor preço pesquisando as cotações.
Fazer várias transações entre diferentes moedas acarreta duplas taxas e sobrepreço. Por exemplo, levar euro para os Estados Unidos ou dólar para a Europa.
Você será obrigado a trocar a moeda duas vezes, no Brasil e ao chegar no destino. A não ser que você já tenha esse dinheiro guardado de outras viagens, o que não é nada indicado.
É comum nos assustarmos com moedas tão caras, como a libra. Mas, não tem jeito. Se seu destino será esse, programe-se para conseguir a melhor cotação, mas trocando reais por libras.
+ Que moeda levar para sua viagem? Real, dólar, euro ou moeda local
7. Evite câmbio para viagem no aeroporto
Cuidado! O lugar onde você faz o câmbio para viagem faz toda a diferença no resultado final.
E isso não só em relação à melhor cotação, mas também por segurança.
É preciso tomar muito cuidado na hora de comprar moeda no Brasil e fazer câmbio para viagem no exterior.
Pesquise e trace um comparativo entre bancos e corretoras para economizar na compra. Todos os dias, você pode ver no mínimo 5% de variação entre as melhores e as piores cotações.
Dica: evite cambiar a moeda em aeroportos, nos fins de semana e em lugares próximos a atrações turísticas.
Na Europa, procure agências bancárias com setor de câmbio, que costumam ter melhor cotação que casas de câmbio de rua.
Em alguns lugares, inclusive, algumas casas de câmbio e cambistas de rua são até perigosos. Praticam preços fora da realidade e ainda podem trabalhar com notas falsas.
Caso você chegue ao destino sem dinheiro local, troque no aeroporto apenas o mínimo para pegar um transporte até o hotel ou uma casa de câmbio com tarifas mais justas. Vale a pena, inclusive, pedir indicações ao gerente do hotel.
Por fim, procure realizar a compra em horário comercial, até as 18h. É uma maneira de garantir a cotação vista no dia. Depois desse horário, não tem como saber se no dia seguinte a cotação vai estar mais alta ou mais baixa.
Dica extra: cartão de crédito no exterior
Fazer transações com o cartão de crédito no exterior funciona de uma maneira bem simples. Basta você ter um que seja internacional e desbloqueá-lo antes da sua viagem.
Para isso, é preciso ligar para o banco e informá-lo do período e país que você vai conhecer. No entanto, o uso do cartão pode sair salgado.
Além do câmbio, o usuário terá que pagar uma porcentagem tributária — o IOF, que equivale a 6,38% — sobre aquilo que comprar.
Outra opção é aderir a um cartão pré pago, controlando de forma maior os seus gastos. Além de ser bem mais seguro, o cartão pré pago te impõe a fixar um limite de gastos e não te faz ficar preocupado com flutuação cambial.
Fique de olho!
Antes de fazer o câmbio para viagem, fique de olho nas variações na cotação da moeda. A cotação do câmbio tem variações diárias, o que dificulta muito definir o melhor momento para compra.
Por isso, acompanhe todos os dias as cotações durante o período que antecede a viagem.
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