O Brasil precisará de aproximadamente 70 mil profissionais de tecnologia ao ano até 2024.
É o que aponta o estudo divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
Outro dado importante da pesquisa é o potencial de investimento deste mercado.
Só para se ter uma ideia, apenas as tecnologias ligadas à transformação digital deverão receber aportes de R$ 345,5 bilhões entre 2019 e 2022.
Neste bolo, estão diversos serviços e soluções. São elas:
> Blockchain (R$ 1,4 bilhão);
> Nuvem (R$ 77,8 bilhões);
> IoT (115,2 bilhões);
> Big data e analytics (R$ 61,1 bilhões);
> Segurança da informação (R$ 8,9 bilhões);
> Inteligência artificial (R$ 2,5 bilhões);
> Robótica (R$ 23 bilhões);
> Social (R$ 9,3 bilhões);
> Realidade virtual/aumentada (R$ 6 bilhões);
> Impressão 3D (R$ 200 milhões).
Já em banda larga, incluindo mobilidade e conectividade, serão aplicados, no mesmo período, R$ 396,8 bilhões.
Déficit de mão de obra
Existem, atualmente, 845 mil empregos no mercado de profissionais de tecnologia. Sendo que a maioria (42,9%) está concentrada em São Paulo.
A demanda anual por novos talentos projetada entre 2019 e 2024 está em 70 mil profissionais.
Apenas 46 mil pessoas, no entanto, se formam ao ano no ensino superior com o perfil necessário para atender essas vagas.
Do total de graduados, o principal curso finalizado é o de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, com 32% de formados.
Em seguida aparecem:
-Sistemas de informação – 20%
-Ciência da computação – 19%
-Gestão de tecnologia da informação – 11%
-Redes e internet – 8%
-Engenharia da computação – 5%
Os 5% restantes, por sua vez, compõem outras graduações como Banco de Dados e Engenharia de Telecomunicações.
Habilidades desejadas
O relatório também elencou as especializações do setor de TIC que serão mais requisitadas a médio e longo prazo, de acordo com a capacitação do profissional:
Desenvolvedores mobile: programação em Linguagem Java e conhecimentos de Agile, Design Thinking, UX e Full Stack;
Computação na Nuvem: conceituação e Aplicação em Virtualização de Máquina, AWS, Azure, outras;
Data Analytics: conhecimentos em Gestão da Informação, Big Data e Ciência de Dados;
Segurança Cibernética: entendimento do nível básico ao avançado das ferramentas empregadas na área;
Inteligência Artificial: habilidades com redes Neurais, Aprendizado de Máquina, Computação Cognitiva e Algoritmos Avançados.
TI já representa 7% do PIB brasileiro
O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), por sua vez, movimentou R$ 479 bilhões. Ou seja, cerca de 7% do PIB em 2018.
Na comparação com o ano de 2017, houve um crescimento de 2,5%. Estima-se que o setor bancário, o maior do País, represente 12% do PIB nacional. A projeção é da Brasscom.
Por outro lado, para este ano, a previsão da associação é que o setor de TIC cresça 5,7%, algo que deverá se repetir nos demais anos até 2022.
Nuvem e 5G intensificam mercado
O mercado mundial de data centers deve alcançar uma taxa de crescimento anual composta (CGAR) de 17% entre 2019 e 2023.
Portanto, o crescimento esperado no período é de US$ 284,44 bilhões.
Esses dados fazem parte de um relatório da Technavio, empresa de pesquisa de mercado.
O estudo fornece uma análise por componentes. Incluindo, por exemplo, infraestrutura de TI, sistemas de gerenciamento de energia e soluções de segurança, e geografia.
Segundo a pesquisa, parte deste resultado está atrelado à crescente adoção de serviços multi-cloud e de egde computing. Contudo, com a computação de nuvem cada vez mais acessível.
Ambos os conceitos, todavia, vêm ganhando espaço em empresas de diversos segmentos.
A arquitetura multi-cloud permite aproveitar diferentes cargas de trabalho de aplicativos.
Assim como contribui para impedir a perda de dados e o tempo de inatividade durante falhas. O que garante conformidades de segurança.
Além disso, o relatório aponta que as implementações de tecnologias 5G também serão responsáveis pelo crescimento do setor.
Isso porque as infraestruturas dos data centers precisarão de atualizações para suportarem as altas taxas de tráfego de dados.
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