segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Consórcio de dinheiro: como funciona?

Você sabe o que é consórcio? Podemos defini-lo como um investimento feito de maneira segura e uma das formas mais econômicas e/ou inteligentes para adquirir algum tipo de bem ou serviço.

É uma modalidade de compra programada, que também pode ser uma forma de poupança. Mas, como funciona o consórcio de dinheiro?

consórcio de dinheiro
O consórcio de dinheiro pode ser considerado uma forma de poupança

Ele trabalha basicamente da mesma forma que o de um automóvel ou imóvel, por exemplo.

A única diferença, que também pode ser vista como uma vantagem, é que você pode escolher quando e para qual finalidade o dinheiro será utilizado.

Como fazer um consórcio de dinheiro?

É considerado para os especialistas como uma invenção brasileira, já aplicada em outros países. Os consórcios são bem interessantes para aquelas pessoas que não precisam do seu bem de imediato.

Quem tem dúvidas de como fazer, saiba que é mais fácil do que parece. Primeiro, busque instituições financeiras que sejam de confiança.

Nesse cenário do mercado, é primordial que se faça todo e qualquer tipo de transação financeira com segurança.

É preciso também questionar se a instituição possui a modalidade de consórcio. Em algumas ocasiões, as empresas até possuem consórcios de automóveis.

Nesses casos, consegue retirar uma carta e aplicar o dinheiro para outros fins. Os bancos, por exemplo, fazem esse tipo de movimentação com valores de até R$1 milhão.

É possível ganhar dinheiro com o consórcio?

A versatilidade sempre foi um ponto forte do consórcio de dinheiro. Além de permitir o uso da carta de crédito para a compra de qualquer bem dentro de um mesmo grupo, ele ainda é uma excelente forma de investimento.

Ou seja, quem quer ganhar dinheiro deve sempre considerá-lo. Um dos principais benefícios dos consórcios é a ausência a cobrança de juros.

Ademais, toda operação de crédito embute no valor total pago pelo financiamento não apenas os juros, mas uma série de encargos, que recebem o nome de Custo Efetivo Total (CET).

Quem faz as contas antes de entrar em um financiamento percebe que o CET é capaz de dobrar o valor gasto com o bem no final do pagamento.

Há a cobrança de uma taxa de administração, que remunera o trabalho da administradora.

No entanto, ainda assim, tem índices menores do que os juros praticados no mercado de crédito. Por isso, considere sempre esse aspecto antes de tomar sua decisão.

Quais as vantagens e desvantagens do consórcio de dinheiro?

Para quem quer adquirir um bem ou serviço, o consórcio de dinheiro é uma vantagem. Já que a pessoa tem a liberdade de escolher o que irá querer comprar.

Ou seja, não é preciso levar um produto ou serviço que foi escolhido pela instituição financeira.

Sendo assim, fica a critério do consorciado comprar uma moto, casa, eletrodomésticos e até mesmo viagens ou intercâmbios.

Essa também é uma forma de investir o dinheiro, em vez de colocá-lo em uma poupança. Já que especialistas não aconselham realizar aplicações na caderneta.

Outra vantagem desse tipo de consórcio é que ele ajuda a ter um controle sobre o dinheiro, o que não acontece com pessoas que têm a poupança.

Ele também é aconselhado para aqueles que não têm disciplina para guardar dinheiro, seja em casa ou na conta do banco.

Isso porque, nesse tipo de consórcio, você se compromete a pagar mensalidades ou parcelas. Podendo ser colocado até mesmo em débito em conta.

Os valores de cada mês serão determinados, de comum acordo, assim que a pessoa contrata o serviço.

Porém, há uma desvantagem ao utilizar o consórcio de dinheiro. Ter que esperar o sorteio ser realizado para poder pegar a quantia aplicada e comprar o bem que deseja.

Outro prejuízo que poderá ter é que nesse tipo de investimento não existe rendimento. Que é o que acontece com a poupança ou qualquer outro tipo de aplicação financeira.

Quais os tipos de consórcio de dinheiro?

Quem se interessou por esse tipo de investimento pode escolher duas opções. A primeira é o consórcio de dinheiro contemplado, enquanto o segundo é o entre amigos.

Cada um deles tem as suas características e vantagens. Conheça qual o melhor para o seu dinheiro e invista!

Consórcio de dinheiro contemplado

Esse tipo de investimento é para quando a pessoa é sorteada. Ela terá duas opções do que poderá ser feito com o dinheiro.

A primeira alternativa é comprar o bem ou produto que deseja de imediato. Já a segunda alternativa é aplicar o dinheiro na poupança e utilizá-lo quando achar melhor.

Nesse consórcio, as pessoas podem adquirir os seguintes bens:

Veículos: poderão ser comprados caminhões, carros e motos, de qualquer ano, modelo, marca e cor, independentemente de ser novo ou usado. Fica a critério da pessoa que irá realizar a compra;

Eletrodomésticos: podem ser comprados tanto produtos de informática, como por exemplo, computadores, celulares e tablets, e eletrônicos como: televisão, rádio, câmera fotográfica, entre outros;

Casa: além da compra de um imóvel, a quantia guardada também poderá ser usada para realizar uma construção ou reforma de um apartamento, por exemplo;

Serviços: o dinheiro que foi guardado poderá ser revertido em uma viagem, intercâmbio, faculdade e até mesmo no planejamento de uma festa de 15 anos, casamento ou de formatura.

Consórcio de dinheiro entre amigos

Se você tem amigos que também estão querendo juntar uma determinada quantia, chame-os para esse tipo de investimento.

A vantagem desse tipo de consórcio é que não há taxa a ser cobrada mensalmente e nem de adesão pela administradora financeira.

O dinheiro que seria gasto poderá ser revertido em mais uma forma de economia.

Mas, é importante ressaltar que os amigos que você irá chamar para dividir o consórcio precisam ser de confiança e realmente empenhados em guardar a quantia.

Fique atento a algumas dicas:

– Realize um contrato entre todos os participantes do consórcio, coloque as obrigações e deveres de cada um. Além disso, também adicione as datas de pagamento do investimento, entre outros pontos que considerarem importantes.

– Escolha administradores para o setor financeiro. Essa pessoa ficará responsável por receber o dinheiro dos outros membros. E também do sorteio daqueles que foram contemplados com a quantia.

Outros pontos importantes sobre o consórcio

Como já explicado, ao entrar em um consórcio, o cliente faz parte de um grupo de pessoas com objetivos em comum. Os valores e prazos devem ser de acordo com todos os integrantes porque cada um terá uma cota ativa.

A maioria dos consorciados prefere entrar em um grupo que está em fase de construção. Desse modo, garante facilidade de se organizar para fazer os pagamentos.

Há duas maneiras para entrar em grupos que estão em andamento: por cota vaga ou reposição de cota.

Nesse caso, o novo consorciado deve quitar o número de prestações já pagas pelos demais participantes. Também é possível entrar em um grupo por transferência.

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Como funcionam as Assembleias

Todos os meses são realizadas reuniões pela administradora do consórcio para oferta de lances e execução de sorteios.

É comum que também sejam decididos itens necessários que dizem respeito ao funcionamento do grupo.

As assembleias são obrigatórias e estão sob fiscalização do Banco Central. Todos os participantes consorciados têm poder de decisão, sendo sempre baseada na maioria.

Como acontece a contemplação

Conforme você já deve saber, o consorciado possui duas maneiras de ser contemplado em um consórcio de dinheiro – ou um com qualquer outra finalidade: por meio de sorteio ou de lance.

Veja como funciona cada uma dessas modalidades:

Sorteio: esta é a forma mais comum de contemplação. Os participantes do grupo concorrem com suas cotas, onde possuem as mesmas chances de serem sorteados.

É como se fosse um bingo em que cada peça significa uma cota.

Apenas os consorciados que estão com o pagamento em dia podem participar. A administradora deve, antes de começar a realização do mesmo, informar quantas cotas serão sorteadas.

Lance: muito parecida com um leilão, essa forma de contemplação chama menos atenção dos consorciados. Apesar disso, é importante entender as regras: é necessário que o cliente faça o lance algumas horas antes da assembleia.

Quando se propõe ao dar um lance, o consorciado garante ter o valor das parcelas acordadas. Ele pode antecipar mensalidades ou quitar determinada porcentagem do que falta. A proposta mais alta ganha a contemplação.

Além deste, existe o lance embutido e o lance fixo. O primeiro é uma opção na qual o cliente dá parte do valor da carta e, quando sorteado, o valor é descontado no restante do valor do serviço.

Já o lance fixo é mais comum que o embutido e diz respeito ao lance no valor mínimo que está no contrato.

Curiosidades sobre o consórcio de dinheiro

Quando surge uma nova possibilidade, geralmente, vem acompanhada com uma infinidade de dúvidas. Não é diferente quando o pensamento de adquirir um consórcio de dinheiro vem à tona.

Quais serão os tópicos que raramente são mencionados à quem deseja tomar essa nova decisão? Veja:

Burocracia

Os termos burocráticos são indispensáveis quando o assunto refere-se a consórcios. Mas, nesse caso, há uma forma de tornar os trâmites mais fáceis.

Para isso, a escolha de uma boa administradora para a negociação é muito importante e talvez ela possa acarretar em ótimas vantagens. 

Casa própria
Para evitar estresse com burocracia, escolha uma boa administradora

Cobrança intermediária

Assim que é realizado o acordo, os valores das parcelas são definidos e informados. Se isso não acontecer, você precisa entrar em contato com a administradora urgente.

É importante lembrar que há financiamentos em que as divisões de parcelas terão o acréscimo de juros e isso é comum.

Em contrapartida, se houver cobrança de taxas adicionais desconfie. Isso só pode acontecer em caso de desistência ou falta de pagamento das parcelas.

Utilização do crédito para outra finalidade

O consórcio autoriza que você utilize até 10% do valor do crédito adquirido para outros fins, como pagamento de despesas que tenham relação com aquisições de bens ou serviços.

Ou seja, pode ser utilizado em registros cartoriais, instituições de registros, transferência de propriedade e tributos, por exemplo.

Pagamento com atraso

Como já foi dito, o atraso no pagamento das parcelas pode gerar cobranças de juros e até multa.

No entanto, se o número de parcelas não pagas for muito alto, você poderá ser até mesmo excluído do grupo. Então, fique atento e firme um compromisso real para não precisar sofrer tais consequências.

Transparência

O consórcio é uma ótima alternativa e o planejamento tem grande importância nessa decisão.

Fique atento a administradora que fará o acordo com você, pesquise antes, procure alguém que consiga explicar claramente como esse mercado funciona.

Busque por transparência e competência. Além disso, planeje e anote o valor das possíveis parcelas e como o contrato será realizado. 

Dinheiro que pode retornar

Após o pagamento de todas as parcelas e o recebimento da carta de crédito, você pode comprar uma casa ou um apartamento e colocá-lo para alugar.

Assim você terá uma propriedade e o valor que receberá do aluguel apenas trará benefícios. O mesmo pode ocorrer com os veículos, nesse caso, é possível apenas vendê-lo. 

Compre um automóvel ou uma moto por um determinado preço, revitalize-o e revenda por um valor mais alto. Isso é vantajoso para você, pois gerará lucro em seus negócios.

Como se organizar financeiramente para o consórcio?

Fazer um consórcio, seja de dinheiro, bens ou serviços, é necessário que a pessoa esteja com o orçamento organizado.

Por isso, confira algumas dicas que podem ajudar no planejamento financeiro.

#1. Anote as despesas

É recomendado listar todas as dívidas para que se tenha ciência do quanto sobra do orçamento mensal. É possível organizar os gastos por meio da planilha no Excel, aplicativos e até em um caderninho.

Para registrar todo seu sistema financeiro é necessário que entenda para onde está indo seu dinheiro e hábitos de consumo. Antes de querer juntar dinheiro é necessário quitar as contas.

#2. Pague as dívidas

As dívidas pesam no orçamento e podem te afastar do objetivo. No consórcio de dinheiro, por exemplo, também existe o lance e seu nome precisa estar limpo para que você possa receber a carta de crédito.

Comece pagando as dívidas do cartão e do cheque especial porque são as que possuem maiores taxas de juros.

#3. Fuja da tentação de comprar

Planeje suas compras e tenha disciplina. A compulsão por compras fará com que gaste dinheiro com mercadorias desnecessárias ou supérfluas.

Transformar a vida financeira será difícil para os compradores, mas deve estar aliada sempre à seguinte avaliação: “eu preciso mesmo deste produto?”. Se a resposta for não, não compre.

#4. Evite o uso do cartão

O recurso, apesar de ser um adianto nas emergências, deve ser evitado. Quando for necessário usar, não descuide de fazer o controle dos gastos.

O cartão de débito também deve receber atenção para que você não caia na armadilha do cheque especial. Prefira sempre adquirir produtos com o dinheiro.

#5. Poupe dinheiro

Corra atrás das promoções e, se possível, faça as refeições em casa ou leve marmita. Tais gastos pesam no final do mês.

Poupar dinheiro parece ser impossível, mas não é. Comece cortando gastos pequenos e veja os resultados. É possível economizar sem abrir mão da qualidade de vida.

Consumidores poderão sacar em dinheiro cotas até dezembro

Consumidores que possuem cotas de consórcios e forem contemplados até o fim de dezembro poderão receber o valor em dinheiro. A medida foi anunciada pelo Banco Central em razão da pandemia do coronavírus.

De acordo com a autoridade monetária, com a flexibilização da regra, o cliente pode escolher receber em espécie ou em conta tanto pela dificuldade de aquisição do bem no mercado, quanto pela necessidade urgente de recursos em meio à crise.

Além disso, foi definido que, na formação de grupos de consórcio em que os créditos sejam de valores diferentes, aquele de menor valor não poderá ser inferior a 30% do crédito de maior valor. Antes, o percentual era de 50%.

O prazo para formação de grupos de consórcios passou de 90 para 180 dias até 1º de dezembro.

Se ultrapassar o período, a administradora deverá devolver os valores cobrados corrigidos com a aplicação financeira escolhida em contrato.

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